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RJ: CPI dos Trens constata estações fechadas há dois anos e atrasos de 4 horas em composições

Estações de Fragoso e Vila Inhomitim não estão funcionando por estrutura instável na ponte que dá acesso à parada final

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Vistoria constatou também o abandono da linha férrea, conservação precária e criminalidade nas estações - Foto: Henrique Freire/Governo do Rio de Janeiro

Na última segunda-feira (23), os deputados estaduais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trens, realizaram uma vistoria no ramal ferroviário de Saracuruna, operado pela Supervia. A inspeção constatou que os trens nas estações Fragoso e Vila Inhomitim não estão funcionando em decorrência da estrutura instável da ponte de acesso à estação final. O problema existe desde 2020. 

De acordo com o gerente de Câmara Técnica de Transportes e Rodovias da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), Édipo Ázaro, a estrutura da ponte era muito antiga e foi danificada pelas chuvas, colocando em risco a circulação de trens no local. Ainda não há prazo para o retorno do serviço.

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Serviço Precário

Os parlamentares constataram, ainda, a deterioração dos dormentes, principalmente a partir da estação Bonsucesso. Dessa forma, o tempo de viagem é prejudicado, pois a velocidade tem que ser reduzida. 

"As vias permanentes estão muito deterioradas, trilhos, dormentes, canaletas com muito mato, condições muito precárias. Nessa vistoria, pudemos constatar o que vimos nas outras também: abandono da linha férrea, conservação precária, muito lixo, forte presença do crime nas estações, e ausência de banheiros. Precisamos de uma mudança profunda nesse sistema", afirmou o relator da CPI, deputado Waldeck Carneiro (PSB).

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Durante a vistoria, usuários do ramal denunciaram a demora para a chegada das composições que saem de Saracuruna com destino a Piabetá. O intervalo entre os trens que fazem o trajeto é de, em média, quatro horas.

A presidente da CPI, deputada Lucinha (PSD), disse que o governo do estado e a Supervia precisam proporcionar o retorno dos trens no trajeto, além de resolver as irregularidades de infraestrutura, sinalização e acessibilidade nas estações fiscalizadas.

"É triste saber que um passageiro fica aqui na estação de Saracuruna durante quatro horas esperando para chegar a Piabetá. As condições são terríveis para o trabalhador. Também vimos a preocupação dos maquinistas, que precisam ligar para ter autorização para transitar de uma estação para outra, devido à precariedade da sinalização e à falta de tecnologias mais inovadoras. A Agetransp precisa multar a Supervia por não executar o serviço que deveriam", observou a parlamentar.

Também participaram da vistoria o deputado Luis Paulo (PSD) e Enfermeira Rejane (PCdoB).
 

Edição: Jaqueline Deister