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TRANSPORTE

No Rio, passagem de ônibus se mantém em R$4,05 para a população

Prefeitura irá pagar a diferença do valor real da tarifa e fará monitoramento via GPS dos ônibus

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
As linhas de ônibus da cidade do Rio têm desaparecido; situação piorou com a pandemia - Fernando Frazão / Agência Brasil

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou pelas redes sociais, nesta sexta-feira (20), que o preço da passagem de ônibus se mantém em R$4,05 para a população. Segundo o acordo estabelecido entre a Prefeitura e as empresas de ônibus, o município passa a pagar a diferença do valor real da tarifa, impedindo que o carioca pague mais. 

De acordo com o comunicado do prefeito, a partir de agora, a Prefeitura realizará um monitoramento em tempo real dos GPS e pagará as concessionárias uma remuneração adicional por quilômetro rodado desde que haja a correta prestação do serviço. 

“Somente pagaremos aos ônibus que estiverem com GPS ligado e corretamente associado à linha que estiver operando. Assim teremos maior controle sobre o uso dos recursos públicos. Em caso de não cumprimento do acordo, ou seja, caso o empresário não volte com as linhas e não rodar a quilometragem requisitada pela Prefeitura, não receberá nenhum valor adicional da tarifa de R$ 4,05 e terá sua concessão cancelada.”, explicou Eduardo Paes. 

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A negociação definiu também que somente a Prefeitura tem a prerrogativa de rever o acordo em caso de descumprimento por parte dos operadores.

“Esse acordo vai exigir compreensão por parte de todos de que de agora em diante o orçamento público terá de incluir uma despesa bastante significativa com o transporte a preço acessível para a população”, disse o prefeito.

BRT e bilhetagem

Além da mudança no modelo de remuneração das concessionárias de ônibus, o novo acordo estabelece: a perda do direito de explorar o BRT e a bilhetagem do sistema pelas empresas de ônibus.

A reunião que selou a negociação entre Prefeitura e Rio Ônibus ocorreu na última quinta-feira (19) e durou quase 11 horas. A negociação entre as partes se estende desde o início do mês de maio, com a mediação do Ministério Público do Rio e da Justiça estadual.

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"É uma grande mudança em todo sistema de ônibus: passagem sendo mantida para o usuário mais de um ano, um ano e meio. É tudo pra ter segurança jurídica, com a participação do juiz, do Ministério Público, do próprio município, poder concedente, e das próprias empresas, que são os consorciados. A bilhetagem fica com a prefeitura. O subsídio será feito por quilômetro e todos os demais pontos a gente ainda vai aguardar a homologação do juízo”, afirmou o procurador-geral do município, Daniel Bucar.

*Com informações do jornal O Dia
 

Edição: Jaqueline Deister