A Justiça do Rio de Janeiro determinou na última quinta-feira (19) que o sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque seja preso imediatamente por ter atirado contra o funcionário da rede de fast food McDonald's. O caso aconteceu na madrugada do último dia 9, na loja da Taquara, na zona oeste da capital fluminense.
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No guichê de atendimento, o bombeiro agrediu Matheus Domingues Carvalho, de 21 anos, depois de o funcionário explicar que não poderia validar um cupom de desconto porque o cliente só o apresentou quando o pedido já havia sido registrado no caixa da loja. Paulo César desceu do carro, quebrou a proteção de acrílico na área de atendimento para carros, entrou na loja e disparou contra Matheus.
Matheus, que foi ferido no abdome, teve alta na última quarta-feira (18). Ele ficou internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra d Tijuca. O jovem perdeu o rim esquerdo, teve ferimentos no intestino e sofreu uma lesão na coluna que está comprometendo o movimento das pernas.
A ação de Paulo César foi filmada pelas câmeras de circuito interno da loja. O bombeiro fugiu no carro depois de ferir o funcionário da rede. O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Paulo César por tentativa de homicídio por motivo torpe. A defesa do bombeiro afirmou que o disparo foi acidental, mas a versão foi negada por um amigo que acompanhava o militar.
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Em sua decisão, o juiz Gustavo Gomes Kalil, do 4º Tribunal do Júri, ressaltou que a necessidade da prisão preventiva se fez em razão de o bombeiro "indicar, concretamente, que não pretende se submeter à aplicação da lei penal, um dos pressupostos da preventiva". O juiz também considerou o registro de ocorrência, o exame de corpo de delito e relatório hospitalar do caso.
O sargento Paulo César de Souza Albuquerque tem outras passagens pela polícia, uma delas em 2012 por lesão corporal e ameaça contra uma mulher e em 2018, por violação de domicílio e invasão de um terreno.
Edição: Eduardo Miranda