O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deu início nesta quarta-feira (11) a segunda etapa da Operação Calígula, contra a organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e o ex-policial reformado Ronnie Lessa, denunciado pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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A operação cumpre 24 novos mandados de prisão e de busca e apreensão no estado do Rio. Os endereços são de empresas que, segundo as investigações, serviam de fachada para lavagem de dinheiro. Promotores afirmam que Andrade e Lessa exploravam casas de apostas clandestinas com o aval de policiais civis e militares.
"A atuação criminosa de Rogério de Andrade extrapola o Rio de Janeiro. Hoje essa organização criminosa busca expandir a exploração do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis, uma expansão que é conquistada com violência e corrupção", relatou Fabiano Cossemerlli, subcoordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
Entre os presos na tarde da última terça-feira (10), estão os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém. Na residência dela agentes apreenderam cerca de R$ 2 milhões em espécie. Após a operação, Belém foi exonerada do cargo de assessora na Secretaria municipal de Esportes e Lazer, no qual obteve R$ 8 mil em abril.
Dos 24 mandados de prisão deferidos pela Operação Calígula, 14 foram cumpridos. Ao menos 30 pessoas são alvo de denúncia pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Edição: Clívia Mesquita