Três sindicatos que representam empresas de ônibus em 10 municípios da Baixada Fluminense e na região de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá divulgaram uma nota na última segunda-feira (9) afirmando que serão obrigadas a reduzir a frota de veículos nas ruas após o anúncio de novo aumento na tarifa do óleo diesel.
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O Setrerj, o Setransduc e o Transônibus alertam para o "risco iminente da falta de transporte público coletivo para a população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro" por conta do reajuste de 8,9% do combustível e afirmam que "a crise econômica vai se agravar e o cenário se tornará insustentável", o que levará à priorização de determinados serviços e linhas de ônibus em horários de maior movimento.
Os empresários ressaltam no comunicado que desde o início do ano a alta acumulada nas refinarias chega a 47%, de acordo com a Petrobras, e que com a crescente alta do preço do combustível o óleo diesel passa a ser o principal item no custo de operação das empresas de ônibus, representando agora 32% do total.
Os sindicatos patronais chamam o novo aumento de "duro golpe" ao sistema de transporte, argumentam que as empresas terão ainda mais dificuldades para manter os ônibus nas ruas, que parte da frota ficará parada nas garagens e que o impacto pode afetar a mobilidade diária de três milhões de passageiros.
"A decisão, embora seja excepcional, afastaria o risco de pane seca na frota em operação e a interrupção do serviço durante as viagens, o que prejudicaria ainda mais os passageiros, que já vem sendo impactado nos últimos anos pela crise que atinge o transporte por ônibus", informa o comunicado.
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As empresas afirmam que é "urgente e inadiável" a adoção de ações emergenciais por parte dos governos federal, estadual e municipal para garantir a continuidade da operação, "vital para a população e para a economia fluminense".
Edição: Eduardo Miranda