Rio de Janeiro

CRIME HEDIONDO

Juíza nega prisão de sargento do bombeiro que atirou contra atendente do McDonald's no Rio

Autor de disparos fugiu; delegado que pediu prisão cita crime hediondo praticado por agente de Estado e com arma ilegal

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
mc donalds taquara
Crime ocorreu na madrugada de domingo para esta segunda-feira em loja da Taquara, na zona oeste do Rio - Reprodução

A juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do plantão judicial, negou nesta segunda-feira (9) o pedido de prisão do sargento do Corpo de Bombeiros Paulo Cesar de Souza Albuquerque, que atirou nesta madrugada contra um atendente do McDonald's em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi pedida pelo delegado da 32ª DP (Taquara).

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No drive-thru da loja, Paulo Cesar apresentou já no fim do atendimento da compra de um lanche um cupom para obter desconto, mas o funcionário Mateus Domingues Carvalho, de 21 anos, explicou que já havia efetuado a operação e que os descontos precisam ser informados no momento em que o cliente realizado o pedido.

O bombeiro não aceitou a explicação, quebrou a proteção de acrílico do guichê de atendimento e deu um soco no rosto de Mateus. Paulo Cesar ainda contornou a área externa de atendimento, entrou na loja, invadiu a cozinha do estabelecimento e deu um tiro em Mateus, que ficou caído no chão.

Segundo a juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, por mais que Paulo César tenha sido identificado, não ficou devidamente esclarecido na investigação a origem de "tais elementos probatórios e a forma como foram obtidos". A juíza afirmou que a prisão preventiva solicitada é "medida excepcionalíssima, devendo ser usada apenas quando houver elementos concretos de autoria".

No pedido de prisão, o delegado Angelo José Lages Machado explicou o reconhecimento por foto foi feito pela testemunha do crime, já que Mateus está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, em estado grave e não pode prestar declarações no momento. 

O delegado explicou também que o mandado é essencial para que a polícia prossiga com a investigação, já que foram feitas diligências em possíveis endereços do sargento do bombeiro, mas o autor da agressão e do disparo não foi localizado. O delegado argumentou que o crime é hediondo, praticado por agente do Estado, com arma ilegal.

Edição: Eduardo Miranda