Para marcar o aniversário de nove anos do Brasil de Fato RJ, o veículo de comunicação popular organizou um evento nesta sexta-feira (6) com a presença de parceiros, leitores, lideranças políticas e movimentos sociais no Armazém do Campo, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro.
Após dois anos de pandemia, o evento presencial foi marcado pela entrega do Prêmio Brasil de Fato de Comunicação Popular. As homenageadas deste ano, as jornalistas Gizele Martins e Claudia Santiago, também participaram do mini documentário sobre a história do veículo exibido no espaço cultural Marielle Franco.
O evento também lembrou a chacina do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, que completou um ano nesta sexta (6). Ao receber o prêmio, Gizele Martins ressaltou a importância da comunicação comprometida com as causas do povo, especialmente nas favelas.
"Temos uma mídia hegemônica que também mata. Quando matam a memória, a história da nossa favela e do nosso sangue negro. Os estereótipos sobre os nossos jovens negros também matam. A gente faz uma mídia pelo direito à vida, todos os dias resgatando nossa memória e descobrindo nossa história. Estou muito feliz e emocionada por esse prêmio. Que a favela tenha o direito de não mais sobreviver, mas de viver. E pra isso, que a gente consiga cada vez mais comunicação popular, comunitária. E com o povo, não para o povo, com a nossa linguagem", disse a jornalista.
A programação contou ainda com uma exposição feita a partir da seleção de capas do jornal publicadas nos últimos anos, que resumem as coberturas jornalísticas mais importantes estampadas no impresso.
O Brasil de Fato RJ completou nove anos de circulação pelas ruas do Rio no último domingo (1), Dia do Trabalhador. Em formato tabloide desde 2013, o jornal é distribuído semanalmente, de forma gratuita nos principais pontos de circulação de trabalhadores na capital e região metropolitana do Rio de Janeiro.
Edição: Mariana Pitasse