Rio de Janeiro

CORRUPÇÃO

Preso no Rio, Sérgio Cabral é transferido para Bangu após inspeção encontrar regalias em cela

Vistoria na unidade prisional da PM encontrou celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e pedidos a restaurantes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Cabral acumula mais de 400 anos de prisão em processos da Lava-Jato como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Cabral acumula mais de 400 anos de prisão em processos da Lava-Jato como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa - Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e outros detentos da Unidade Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana, foram transferidos para a Penitenciária Laércio da Costa Peregrino, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona Oeste da capital. A medida foi determinada na última terça-feira (3) pela Vara de Execuções Penais.

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A decisão veio após uma vistoria da Corregedoria da Polícia Militar na unidade prisional encontrar uma série de irregularidades que representam regalias ao ex-governador e outros presos. Imagens da inspeção mostram que foram encontrados celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e listas de encomendas a restaurantes no valor de R$ 1,5 mil.

O tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira condenado pela morte da juíza Patrícia Accioli, assassinada em 2011, também é acusado das irregularidades.

Cabral cumpria pena desde setembro do ano passado na unidade prisional da PM. Antes, ele estava preso em Bangu 8 condenado em 2017 por 22 processos criminais da Lava Jato, como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas chegam a mais de 400 anos.

Além da transferência para um presídio de segurança máxima, o juiz Marcelo Rubioli ordenou que os presos fiquem isolados para averiguação dos fatos "bem como visando ao saneamento de irregularidades graves e que, por ora, indicam a inadequação da unidade para acautelar os referidos internos". 

As defesas do ex-governador e do tenente-coronel negam irregularidades e que as apreensões foram feitas em áreas comuns da unidade prisional.

Edição: Clívia Mesquita