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Ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão alerta para risco de epidemia de sarampo no Brasil

Raiz do problema estaria na baixa adesão às vacinas e no desmonte do PNI pelo atual governo

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De acordo com o Unicef, o número de crianças vacinadas contra o sarampo não é o suficiente - Marcelo Camargo / Agência Brasil
Quando eu fui ministro em 2010, nós vacinamos 90 milhões de pessoas contra o H1N1 em três meses

O Brasil já foi exemplo de vacinação para o mundo, mas nos últimos anos o país ficou para trás nesse requisito. De acordo com dados do UNICEF, o número de crianças vacinadas contra o sarampo diminuiu drasticamente e vários países no mundo, inclusive o Brasil, pode ter que enfrentar uma epidemia da doença.  Segundo números do UNICEF,  a cobertura vacinal contra sarampo, caxumba e rubéola(Tríplice Viral D1) caiu de 93.1%, em 2019, para 71.49% em 2021. 

Para falar sobreas razões deixa baixa adesão às vacinas, o estágio atual da pandemia da covid-19 e o debate político sobre o SUS, a Entrevista Central, do programa Central do Brasil desta terça-feira (03), conversa com o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

De acordo com Temporão, o Brasil tem uma atual geração de pais que desconhecem diversas doenças, entre elas o sarampo. “É um quadro muito preocupante, nós temos o risco do retorno de doenças que o Brasil conseguiu erradicar. Nós temos uma nova geração de pais que desconhecem o sarampo porque elas haviam desaparecido justamente porque tínhamos sucesso no Programa Nacional de Imunização. Além disso, muitos desses pais são influenciadas por uma postura antivacina disseminada pelo atual presidente da República”.

O ex-ministro também falou do atual esvaziamento do Programa Nacional de Imunização (PNI). “Quando eu fui ministro em 2010, nós vacinamos 90 milhões de pessoas contra o H1N1 em três meses. Nós temos o melhor programa de imunização do mundo, mas com a fragilização da saúde pública e com a divulgação de notícias falsas, estamos em uma situação preocupante”.

E mais!

No quadro Trilhos do Brasil, você confere as mobilizações da Campanha Despejo Zero em Porto Alegre. De acordo com a campanha, deve haver cerca de 20 mil famílias em situação de conflito fundiário no Rio Grande do Sul, o que representa em torno de 80 mil pessoas.

Já no Embarque Imediato você acompanha as mobilizações da categoria de enfermagem rumo à capital federal para acompanhar a votação do Piso Nacional da categoria. E por fim, tem a Parada Cultural, que na edição hoje traz o lançamento do videoclipe “Desalento”, de Heberte Almeida.

O Central do Brasil é exibido de segunda a sexta-feira, às 19h45, pela TVT-SP, emissoras públicas e comunitárias de todo país e pelo Brasil de Fato nas redes sociais.

Sintonize!

Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.

A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora
Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4
 

Edição: Matheus Alves de Almeida