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Número de desaparecidos no RJ entre janeiro e março já supera 2021 inteiro; Baixada lidera

Governo federal criou em 2019 a Política Nacional de Busca de Desaparecidos, que ainda está em "fase de implementação"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Baixada não possui uma delegacia de Descoberta de Paradeiros e os casos acabam sendo investigados pela Delegacia de Homicídios - Divulgação

O número de desaparecimentos de pessoas no Estado do Rio de Janeiro, nos três primeiros meses de 2022, já supera os registros do mesmo período de 2021. No total, foram 1.416 casos contra 1403, entre janeiro e março, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

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O crescimento deste primeiro trimestre é ainda maior na Baixada Fluminense. Em Belford Roxo, houve notificação de 21 desaparecimentos, quando, em todo o ano de 2021, foram 15 casos. Já em Nova Iguaçu, eles somaram 33 de janeiro a março, contra os 22 ao longo dos 12 meses, aumento de 31%.

As informações foram apresentadas em uma audiência pública na última quarta-feira (27) por uma comissão especial criada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para apurar esses desaparecimentos e indicam a necessidade de atenção especial para a Região Metropolitana do estado.

O presidente da comissão, deputado Danniel Librelon (Rep), destacou que a Baixada não possui uma delegacia de Descoberta de Paradeiros e os casos acabam sendo investigados pela Delegacia de Homicídios.

"O aumento é preocupante. A Região Metropolitana precisa de políticas públicas eficazes para combater os desaparecimentos. A Baixada Fluminense registra muitos casos, é uma região com população de quase quatro milhões de pessoas e não possui uma delegacia especializada para acompanhar os registros", afirmou.

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Em 2019, foi criado em âmbito federal a Política Nacional de Busca de Desaparecidos, mas uma representante do Ministério da Justiça presente na audiência admitiu que o órgão está "ainda em fase de implementação".

Edição: Eduardo Miranda