Mãe de jovem morto a tiros na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite da última segunda-feira (25), acusou policiais militares de terem atirado à queima-roupa.
Segundo Monique Ribeiro dos Santos, mãe do jovem Jhonatan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, o rapaz já chegou morto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, para onde foi levado por moradores da comunidade.
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"Meu filho foi executado dentro da comunidade do Jacarezinho, sem dever nada à polícia. Eu quero saber por que mataram meu filho, se ele não é traficante? E não socorreram meu filho, não deram a ele o direito de sobreviver. Ainda saíram correndo do local, mataram e deixaram lá", disse ao jornal Bom Dia Rio, da TV Globo.
Segundo a mãe, os policiais militares, que ocupam a comunidade pelo projeto Cidade Integrada, negaram socorro à vítima. Além dela, outros moradores que testemunharam a ação também acusam policiais militares de executarem o jovem em um momento em que, segundo eles, não havia operação nem patrulhamento na favela.
De acordo com reportagem do portal G1, a corregedoria da Polícia Militar abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte do jovem.
Em nota enviada à imprensa, a PM disse que os agentes não conseguiram prestar socorro ao ferido em função da reação de um grupo de moradores, que arremessaram pedras e garrafas em direção à equipe. Ainda segundo eles, com o ferido havia drogas e uma réplica de arma de fogo.
Edição: Mariana Pitasse