Há mais de sete anos, pessoas trans e travestis do Rio de Janeiro têm como referência de acolhimento a Casa Nem. Porém, pode ser que não continue assim. O espaço enfrenta uma crise e corre risco de encerrar as atividades por falta de recursos. A sede da ONG localizada no bairro do Flamengo, na zona sul da cidade, também é o lar de 15 pessoas em situação de vulnerabilidade.
Por isso, o coletivo lançou a campanha "CasaNem, Casa viva!". O valor arrecadado será destinado às contas fixas de manutenção da casa com infraestrutura, higiene e limpeza, alimentação e administração. Além de garantir o pleno funcionamento da sede, uma das metas da campanha é a expansão das ações sociais para o público LGBTIA+.
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Ao Brasil de Fato, Indianarae Siqueira disse que a atuação da Casa Nem abrange todo o estado do Rio de Janeiro. Entre projetos sociais e parcerias com instituições como a Casa Fluminense e o Instituto Trans da Maré, são mais de 400 pessoas atendidas em diversas cidades da região serrana até a baixada fluminense.
"Então a Casa Nem não é só acolhimento para as pessoas que convivem na Casa, mas sim pra toda comunidade LGBTIAPNB+[pessoas não binárias] do Rio", afirma a fundadora da ONG.
"A situação da população LGBTIAPNB + no RJ é bem difícil principalmente para manter suas necessidades básicas de moradia, alimentação, vestuário. Se pra população em geral é grave, isso se acentua em comunidades LGBTIAPNB+", completa Indianarae.
Como ajudar?
Por meio de cursos, oficinas, debates e shows, a Casa Nem tem como objetivo dar suporte ao público LGBTIA+. Também oferece o curso pré-vestibular comunitário Prepara Nem. Outras iniciativas, como o projeto de culinária KuzinhaNem, promovem inclusão e oportunidades de trabalho.
É possível colaborar na campanha "CasaNem, Casa viva!" através da benfeitoria permanente, com valores a partir de R$ 20 por mês. Também por meio de transferência bancária ou PIX ([email protected]). Mais informações nas redes sociais da Casa Nem.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse