Por que o preço da gasolina sobe com tanta frequência no governo de Bolsonaro? Essa pergunta você já deve ter feito a cada vez que vai abastecer seu automóvel. Mesmo com os valores já absurdos, não param de subir. Em contradição, o Brasil é a 9ª maior economia produtora de petróleo, se tornando uma das maiores reservas mundiais com a descoberta do pré-sal, o que nos trouxe autossuficiência.
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De lá para cá, a privatização da Petrobras Distribuidora, a venda de refinarias — em que, o Brasil, agora exporta petróleo bruto e importa muito mais caro os derivados do petróleo —, e a implementação da paridade dos preços aos valores internacionais a consequência é o valor do petróleo seguir as flutuações internacionais do preço do barril.
O objetivo é o lucro dos acionistas e não o bem-estar da população.
A Petrobras como empresa de economia mista, deveria também ter como prioridade cuidar dos interesses do povo. Mas o governo de Jair Bolsonaro (PL) mostra que seu compromisso não é esse.
E não é só quem tem carro que paga essa conta, todos nós dependemos dos meios de transporte para algo, seja a mobilidade ou puramente a necessidade ao comércio. No Brasil, o escoamento de mercadorias é por transporte rodoviário, em efeito dominó podemos ver o impacto no aumento dos preços das mercadorias.
Nas prateleiras dos supermercados o encarecimento dos alimentos vem não só aumentando o custo de vida da população, como também privando o povo brasileiro de uma alimentação digna e saudável. Nosso povo está passando fome.
Como um país que a pouco havia se tornado autossuficiente em petróleo tornou-se dependente e refém do mercado internacional?
O aumento dos preços é também uma escolha política de governo, não mero acaso. O fomento da inflação vem da priorização dos lucros dos acionistas, boa parte estrangeiros, enquanto quem sofre e paga a conta é a população brasileiro. A política de condução da Petrobras, como órgão estatal, tem a incumbência o bem público, como incrementar políticas públicas e o desenvolvimento nacional com o lucro gerado.
E, neste ano temos o compromisso de votar em um programa que privilegie os interesses do povo brasileiro, e derrotar esta política de governo dos últimos anos. A defesa da Petrobras é a defesa da soberania nacional e do povo brasileiro.
*Náustria Albuquerque é petroleira, diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (SITRAMICO-RJ) e Dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT).
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Mariana Pitasse