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Federação Brasil Esperança: melhores dias virão!

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Lula representa a liderança maior desse projeto popular, que precisa também eleger grandes bancadas progressistas para o Congresso Nacional - Ricardo Stuckert
A Federação, formada por PCdoB, PT e PV, tem em seu programa a defesa do Brasil

Esperançar! A esperança virou verbo a exigir democracia, emprego, direitos trabalhistas e dias melhores para o povo. Esta é a essência da Federação Brasil Esperança (FE Brasil) registrada na segunda (18), no Tribunal Superior Eleitoral. Além de disputar as próximas eleições presidenciais com Luís Inácio Lula da Silva, a Federação formada por PCdoB, PT e PV, tem em seu programa e em seus estatutos a baliza da união desses partidos em defesa do Brasil e pela reconstrução nacional.

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A FE Brasil se propõe a ser o instrumento das forças democráticas e progressistas para vencer as eleições neste 2022 e trazer a esperança ao povo brasileiro, tão massacrado nesses anos de (des) governo autoritário, incompetente e de miséria para o povo.

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Inflação, desemprego, salários baixos para quem ainda tem emprego, educação pior a cada dia, saúde cada vez com menos recursos. Este é o saldo de um governo atolado em corrupção, como ficou demonstrado recentemente no Ministério da Educação e comprovado na CPI da Covid no Senado.

O estudo A Conta do Desmonte – Balanço Geral do Orçamento da União, realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) analisou os gastos do governo federal nos últimos três anos e os indicadores comprovam o desmonte das políticas públicas com a redução de recursos para todas as áreas de interesse social.

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Segundo o levantamento, em 2021, o pior ano da pandemia, os recursos para enfrentar a covid-19 caíram 79% em relação a 2020. A saúde perdeu R$ 10 bilhões entre 2019 e 2021 quando excluída a verba destinada ao combate à covid; a assistência a crianças e adolescentes perdeu R$ 140 milhões entre 2019 e 2021.

Os recursos destinados à promoção da igualdade racial diminuíram mais de oito vezes e os gastos com ações voltadas para as mulheres caíram 46% em 2021 na comparação com 2020.

Na educação, o estrago é completo. Os vários ministros que passaram pela pasta, cada um pior do que o outro, comprometeram o Enem, realizaram uma reforma do ensino médio que visa apenas formar mão de obra barata, retirando do currículo disciplinas fundamentais à boa formação dos estudantes; e no ensino superior, há um completo desmonte, com as universidades encontrando muitas dificuldades para funcionar.

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O estudo conclui que existe um cenário devastador para a população. “Pode se dizer que estão em curso quatro movimentos: o de desmonte do Estado e sua entrega para forças privatizantes ou fundamentalistas; o de eliminação física daquelas pessoas, comunidades e povos que não interessam ao projeto fascista e sua base política – empobrecidos, mulheres, negros, indígenas, quilombolas, jovens periféricos, jovens cumprindo medidas socioeducativas, entre outros –; o de drenagem de recursos orçamentários para alimentar as eleições dos aliados; e o de incompetência devido a equipes totalmente despreparadas para os cargos que ocupam”.

Esta é a perversa realidade que a Federação Esperança Brasil precisará enfrentar para que a esperança volte a fazer parte da vida dos brasileiros.

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E, é em torno desse objetivo maior que precisamos realizar uma ampla campanha, agregando e mobilizando amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para que o povo e a democracia sejam vitoriosos nas eleições de outubro.

Lula representa a liderança maior desse projeto popular, que precisa também eleger grandes bancadas progressistas para o Congresso Nacional e para as Assembleias Legislativas, assim como governadores comprometidos com as mudanças. Só assim, estarão criadas as condições para promover as mudanças e as grandes transformações que o país precisa. Precisamos esperançar!

 

*Vanessa Grazziotin é ex-senadora da República e membro do Comitê Central do PCdoB. Leia outros artigos.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Vivian Virissimo