Marcada para a última segunda-feira (11), a primeira audiência sobre a acusação de fraude processual cometida por policiais na morte da jovem Kathlen Romeu teve que ser adiada. A jovem de 24 anos estava grávida de quatro meses quando foi baleada na cabeça, no Complexo do Lins, zona Norte do Rio de Janeiro, em junho do ano passado.
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A sessão foi cancelada por um erro processual. Segundo o portal G1, houve uma falha na formação do Conselho de Sentença da Auditoria da Justiça Militar e o tribunal precisou realizar um novo sorteio. O conselho é formado por quatro oficiais da PM e um juiz civil. A audiência foi remarcada para o dia 16 de maio.
Os réus do caso são o capitão Jeanderson Corrêa Sodré; os cabos Rodrigo Correia Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano; e o sargento Rafael Chaves Oliveira.
Muito emocionada, Jackeline Oliveira, mãe de Kathlen, disse ao G1 que sentimento da família é de "frustração total". "São dez meses e, quando você pensa que vai, não acontece. Agora é aguardar até o dia 16 de maio. Acho que pedir calma para a família, nesse momento, é inapropriado. Tira a vida em dois segundos e fica postergando para fazer uma audiência", lamentou.
Relembre o caso
No dia 8 de junho de 2021, a designer de interiores Kathlen Romeu foi morta com um tiro na cabeça durante uma ação de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins.
Cinco policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por terem alterado a cena do homicídio. Na época, a família de Kathlen acusou policiais de efetuarem os disparos que mataram a jovem quando ela caminhava pela rua com a avó. Doze policiais que estavam no local do crime foram afastados das ruas.
Edição: Clívia Mesquita