Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de assentamentos de diversas regiões do Rio de Janeiro realizaram uma manifestação em frente à sede estadual do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na manhã desta terça-feira (12), para levar uma série de reivindicações dos assentados e acampados.
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O ponto de encontro foi em frente à Igreja da Candelária, na região central da cidade. De lá, os manifestantes marcharam até o prédio do Incra proferindo palavras de ordem. A atividade deu início à jornada nacional de lutas em defesa da reforma agrária, o “Abril Vermelho”, em memória às 21 vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996. O tema deste ano é “Por terra, teto e pão”.
A integrante da Direção Nacional do MST, Luana Carvalho, explicou em entrevista ao programa Central do Brasil, uma parceria do jornal Brasil de Fato com a rede TVT, que o Incra tem se negado a dialogar com o movimento nos últimos anos.
"A gente achou que era imprescindível vir até a porta do Incra para cobrar a pauta da reforma agrária. Nós temos casos urgentes a serem tratados, como a desapropriação do acampamento Cícero Guedes, das usinas Cambahyba, como a pauta do crédito habitação que foi aplicada de maneira totalmente suspeita nas nossas áreas", relata a dirigente.
No entanto, os manifestantes encontraram as portas do órgão fechadas, e deram continuidade ao ato em frente ao prédio reivindicando que algum responsável do Instituto os recebesse.
Dona Iva, integrante do Assentamento Irmã Dorothy, viajou de Quatis até o centro do Rio para participar da atividade e levar pessoalmente as reivindicações ao Incra.
“Os documentos não saem, e por quê? Se nós já ganhamos a posse. O que está acontecendo, que eles não liberam para a gente o que é de direito da gente? Estamos aqui só reivindicando nossos direitos”, indagou Iva.
Como parte da Jornada, durante o horário de almoço, 300 marmitas solidárias produzidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), junto com o Movimento Unido dos Camelôs do Rio (Muca) na cozinha solidária da Lapa foram entregues nas imediações do Incra.
Na parte da tarde, um funcionário do Instituto conversou com os manifestantes e uma audiência ficou acordada para o dia 10 de maio.
Edição: Eduardo Miranda