O que fez Moro no estado do Paraná para fugir e tentar forjar um domicílio eleitoral em São Paulo?
O ex-juiz Sérgio Moro, que deturpou o devido processo legal no Brasil, fazendo uma perseguição política ao Presidente Lula, tentando afastá-lo das eleições em 2018, agora quer deturpar a lei eleitoral, mentindo sobre o seu domicílio eleitoral para tentar ser candidato no estado de São Paulo. Moro visualiza a vaga de deputado estadual ou federal, por que foi isso que lhe foi oferecido como sua única alternativa para entrar no partido que lhe resolveu ceder abrigo depois da tentativa frustrada de uma candidatura à Presidência da República.
Moro sendo Moro, deturpando a lei, mentindo para a sociedade, se entregando e cumprindo um papel pequeno na história política do país. Ele tenta, como se fosse um caixeiro viajante, andando pelos lugares, um foro privilegiado.
Sérgio Moro precisa dizer para a população qual o vínculo familiar, o vínculo social, o vínculo político e/ou o vínculo econômico que ele tem com o estado de São Paulo para ser filiado a um partido aqui em São Paulo e poder ser candidato a deputado estadual ou federal.
O domicílio eleitoral é muito claro na legislação. Exige-se um vínculo familiar, econômico, social ou político do candidato com o local de votação. Moro precisa se explicar por que foge do Paraná, por que foge de Maringá. O que fez Moro no estado do Paraná para fugir e tentar forjar um domicílio eleitoral que não tem aqui no estado de São Paulo?
Moro tem que explicar por que deixou o Podemos depois de gastar, segundo notícias publicadas, mais de 3 milhões do fundo partidário do partido tentando viabilizar uma candidatura à presidência da República que já nasceu pífia, nasceu vazia, e conseguiu se esvaziar ainda mais à medida que ele abria a boca para falar sobre o país.
Sérgio Moro, se quiser entrar na política, tem que lutar na sua casa, em Maringá e no Paraná.
*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal eleito pelo PT-SP. Foi Ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e Secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad. Leia outros textos.
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Felipe Mendes