Rio de Janeiro

TRANSPORTE

Governo do RJ suspende negociação de reajuste dos trens da Supervia até melhoria do serviço

O aumento da passagem de R$ 5 para R$ 7 é questionado na CPI dos Trens na Alerj, que investiga as interrupções e atrasos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Supervia Agetransp
Passageiros reclamam da qualidade do serviço e Supervia alega aumento de furtos de cabos - Divulgação

O governador do Rio Claudio Castro (PL) disse que não vai negociar o aumento da passagem dos trens da Supervia até que a concessionária melhore a qualidade do serviço para os usuários. Esta semana, passageiros foram surpreendidos com os ramais Belford Roxo e Saracuruna paralisados e 54 estações fechadas por horas.

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"Vai melhorar o serviço porque se quiserem a recomposição terão que melhorar a vida do usuário na prática. Se não, eles que vendam a concessão e a gente negocia com o próximo. Queremos entender quais são os problemas", disse Castro em coletiva chamando de "cara de pau" o pedido de reajuste.

Um aumento da passagem de R$ 5 para R$ 7 chegou a ser autorizado mas é questionada na CPI dos Trens na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que também investiga as interrupções e atrasos no serviço.

Castro ainda questionou a justificativa da Supervia sobre o furto de cabos nas estações, o que estaria afetando o sistema de sinalização e a operação dos trens. "Está claro que não é furto de cabos. Se 38 km tivessem sido furtados, não tinha nenhum trem em circulação. Esse pode ser um dos problemas. O estado quer saber o que está acontecendo", criticou o governador.

Segundo a concessionária, houve um aumento de 133% nas ocorrências de furtos de cabos entre janeiro e março de 2022. Entretanto, a Supervia ainda não se pronunciou sobre o discurso de Castro. 

 

 

Outra medida anunciada pelo governador teve início nesta sexta-feira (8) em 12 estações consideradas "perdidas" para a atuação do crime organizado. A operação "Estação Segura" começa por Guapimirim, Manguinhos, Parada Angélica e Suruí com atuação da Polícia Militar, do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer), e da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). O plano de retomada, fiscalização e policiamento inclui estações da capital, Duque de Caxias e Magé. 

Edição: Clívia Mesquita