O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (5), por unanimidade, abrir Representação contra o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) por quebra de decoro a partir de denúncias surgidas há duas semanas que envolvem acusação de estupro, assédio moral e sexual a ex-funcionários, além de outros possíveis crimes.
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Os sete membros do colegiado se reuniram nesta tarde e concluíram que há indícios robustos de crimes a serem apurados. Na última segunda-feira (4), procuradores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) estiveram com integrantes do Conselho de Ética, apresentaram as denúncias feitas até agora e ouviram alguns dos vereadores.
"Essa reunião partiu de uma solicitação do Conselho de Ética no sentido de fornecer subsídios aos trabalhos do Conselho e também, ao mesmo tempo, o Ministério Público informar sobre os casos que estão sob sua análise. São diversas investigações na área da Infância e da Juventude, na área criminal e na área da cidadania", afirmou ontem o procurador-geral de Justiça do Estado, Luciano Mattos.
Integrante do Conselho de Ética, o vereador Chico Alencar (Psol) disse que até agora chegaram ao conhecimento da comissão cerca de 14 procedimentos/denúncias contra Gabriel Monteiro.
"O MP diz que há 'provas contundentes' de alguns crimes que teriam sido cometidos pelo parlamentar, como invasão a abrigos e exposição de crianças. A Representação pedirá a cassação do mandato de Gabriel Monteiro. O prazo para o rito processual no legislativo é de 90 dias. Vale ressaltar que será assegurado ao vereador o direito à ampla defesa", disse Alencar.
Edição: Eduardo Miranda