Na última quinta-feira (31), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu à Justiça o arquivamento das investigações de mais 10 mortes registradas durante o massacre da favela do Jacarezinho, ocorrido em 6 de maio do ano passado.
A decisão de arquivar quatro inquéritos nesta semana, se soma a quatro inquéritos que já foram arquivados em fevereiro. Com isso, 15 dos 28 óbitos que ocorreram na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro tiveram as apurações interrompidas.
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Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, nos quatro novos pedidos de arquivamento, a força-tarefa do caso argumenta que não há provas suficientes para continuar as apurações, já que testemunhas oculares não foram localizadas, depoimentos divergem e laudos não sugerem "execuções" nem remoção de corpos.
Agora, cinco investigações permanecem em curso pela força-tarefa do MP-RJ.
No dia do massacre, foram registrados mais de cinco horas de tiroteios intensos. Os óbitos ocorreram em 13 locais diferentes, tanto nas vielas quanto em casas de moradores, o que gerou investigações independentes da Promotoria.
Até agora, apenas um desses 13 inquéritos resultou em denúncia. Em outubro de 2021, a Justiça aceitou a denúncia contra dois policiais pela morte de Omar Pereira, de 21 anos. Uma audiência está marcada para o dia 30 de maio.
Os oficiais Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira foram os primeiros réus denunciados pela Força-Tarefa do Jacarezinho. De acordo com a denúncia, Douglas cometeu homicídio e fraude processual, e Anderson Silveira cometeu fraude.
Edição: Mariana Pitasse