Uma campanha liderada pelo movimento Sleep Giants Brasil, que se posiciona contra a disseminação de discursos de ódio e de notícias falsas ("fake news") nas redes sociais, fez o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) perder patrocínios em seus canais na internet nos últimos dias, após acusações de assédio moral, sexual, estupro, exposição de menores de idade e estímulo a discurso de ódio contra LGBTQIA+.
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A hashtag #DesmonetizaGabrielMonteiro está pressionando marcas que realizam patrocínio a diversos tipos de conteúdo na internet a revisarem recursos em dinheiro direcionados para o vereador. Apenas no Facebook e no YouTube, Gabriel tem aproximadamente 12 milhões de seguidores. No total, são mais de 20 milhões de fãs.
Entre as marcas que já se pronunciaram e informaram que estão retirando patrocínio estão Buser, Jeep, Nubank, Oi, InfinitePay, Estácio, Shopee e Empiricus, entre outras. Estima-se que o vereador arrecade entre R$ 60 mil e R$ 200 mil ao mês, mas postagens mais populares podem alcançar até meio milhão de reais.
Na semana que vem, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal volta a se reunir para avaliar a conduta do vereador. Na última terça-feira (29), o vereador Chico Alencar (Psol) criticou os membros da comissão, após uma reunião em se "decidiu não decidir", segundo ele. Chico e a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) foram votos vencidos entre os sete integrantes.
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Nas redes, Gabriel Monteiro disse que seu depoimento na Polícia Civil será nesta sexta-feira (1º) e que tem "inúmeras provas" contra a "tentativa em massa" de derrubá-lo. "Essa organização vai começar a cair e meu trabalho só vai dobrar pelo povo! Se antes eu tinha derrubado alguns poderosos, agora vai ser bem pior", disse, sem dar detalhes sobre a "organização".
Desde o último domingo (27), após diversas acusações virem à tona no programa Fantástico, da TV Globo, vídeos de Gabriel e sua equipe em ação estão sendo divulgados por ex-funcionários de seu gabinete. Em um deles, um integrante da equipe do vereador agride um morador em situação de rua depois de este ser convencido a simular um furto para ser veiculado nas redes do parlamentar.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda