Rio de Janeiro

E a pandemia?

Bandeira verde: como estão os casos de covid no estado do Rio de Janeiro?

Com a vacinação, ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para covid no estado diminuiu para 23%; entenda

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Rio passou por cinco ondas da covid-19 desde o início da pandemia e estudo reforça a importância da vacinação na redução de internações e mortalidade - Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O painel de monitoramento da covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que o Rio de Janeiro contabilizou 2.063.668 casos até a última terça-feira (22). Nas últimas 24h, foram registrados 3.858 novos casos e 37 mortes no estado. A taxa de letalidade de covid-19 está em 3,51%. 

A 73ª edição do Mapa de Risco da covid-19, divulgada SES na última sexta-feira (18), mostra que das nove regiões do estado, oito estão com risco baixo ou muito baixo para a doença. A análise compara a oitava semana epidemiológica, de 20 a 26 de fevereiro, com a décima semana, de 6 a 12 de março.

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Pela segunda semana consecutiva, a região Metropolitana I, Metropolitana II, Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea e Norte se encontram com bandeira verde (risco muito baixo). As regiões do Médio Paraíba, Serrana e Centro Sul, permaneceram com bandeira amarela (risco baixo).

Segundo o painel de dados, a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para a covid-19 no estado é de 23%, já a ocupação de leitos de enfermaria é de 17,7%. O cálculo é realizado pela pasta com base nas informações enviadas pelos municípios.

Vacinação

Em todo o estado, apenas 17% dos residentes de 18 a 29 anos está imunizada com a dose de reforço. O reforço é destinado para todas as pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose ou dose única da vacina contra a covid-19 há quatro meses ou mais.

Um estudo realizado pela Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (SIEVS) mostra que o estado passou por cinco ondas de covid-19 desde março de 2020 e a importância da vacinação na evolução da doença. A terceira onda, da variante P1, foi a mais longa. Com duração de fevereiro a junho de 2021, teve destaque pela gravidade com o maior número de internações (55.150) e óbitos (20.079). 

A quarta onda, da variante Deltra, se mostrou a menos transmissível porque foi a primeira com a vacinação já avançada no estado. Segundo o estudo, a Delta marcou uma queda no número de casos e o melhor cenário epidemiológico desde o início da pandemia.

Já a partir de dezembro de 2021, a quinta onda da covid-19 teve predominância da variante Ômicron e provocou um número sem precedentes de contaminação no estado, com 459.099 casos no período de cinco semanas. A subida abrupta coincidiu com as festas de final de ano e superou em números absolutos as ondas anteriores. Por outro lado, foi a onda com a menor incidência de internações e de mortalidade por causa da vacina.

"A ampliação da cobertura vacinal é um fator importante que explica a redução da incidência de internações e mortalidade observadas desde a 4ª onda, causada pela Delta, assim como na 5ª onda, causada pela Ômicron. Em janeiro de 2021, observamos que a mortalidade entre os não vacinados com a 1ª dose internados foi 60% maior que a dos internados com as 2 doses. Esse resultado também reforça a importância da vacina para redução dos casos graves e da morte por SARS-CoV-2", conclui a pesquisa.

Edição: Mariana Pitasse