Ambulantes da capital fluminense e apoiadores da categoria farão uma marcha nessa quinta-feira (24), com concentração às 8h, na Candelária, centro do Rio, e seguirão até a Cinelândia. O objetivo é protestar contra a retirada de camelôs do centro da cidade e se posicionar contra o armamento da Guarda Municipal.
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A "Marcha dos camelôs pelo direito ao trabalho", organizada pelo Movimento Unido dos Camelôs (Muca) estará nas ruas também "pelo direito à ocupação organizada dos espaços públicos, cumprimento da promessa de realocar os camelôs retirados de seu local de trabalho, contra o projeto de higienização social que privilegia quem possa pagar por residências e investir no comércio formal, e pela manutenção do diálogo entre a categoria e a Prefeitura".
O Muca afirma que durante a campanha eleitoral, em 2020, o então candidato e hoje prefeito Eduardo Paes (PSD) prometeu dialogar com os camelôs, mas não cumpriu o combinado até o presente momento. Para o movimento, Paes "insiste em manter a Secretaria Municipal de Ordem Pública e a Guarda Municipal numa perseguição truculenta contra os trabalhadores informais, apreendendo irregularmente suas mercadorias".
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A marcha deve contar com a participação de camelôs, de parlamentares da cidade e de movimentos sociais apoiadores da causa. Coordenadora do Muca, Maria de Lurdes do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, criticou o secretário de urbanismo do Rio, Washington Fajardo, para quem, segundo ela, o objetivo é tirar pobres do centro para dar lugar aos investimentos das empreiteiras.
"Já conhecemos o 'Choque de Ordem' do prefeito. Quando os ambulantes da região do Edifício Central foram removidos, a Prefeitura prometeu um assentamento mais organizado no Largo da Carioca. Mas o combinado se tornou palavras ao vento. Dessa forma, a prefeitura vai ampliando nossa expulsão. Não vamos nos calar!", desabafou a coordenadora do Muca.
Edição: Eduardo Miranda