A Câmara Municipal do Rio debate nessa terça-feira (22), a partir das 10h, o direito ao saneamento básico e a ocorrência mais frequente de desastres decorrentes das fortes chuvas em uma audiência pública pelo Dia Mundial da Água.
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O debate acontece no âmbito do novo Plano Diretor para a cidade e a audiência pública para discutir a concessão dos serviços públicos de saneamento do Rio será promovida pela Comissão de Assuntos Urbanos.
A partir das 18h30, o debate público, com transmissão pelo canal de Youtube da Câmara, enfoca as políticas públicas ambientais, a resiliência urbana e as mudanças climáticas.
Presidente da Comissão de Assuntos Urbanos, a vereadora Tainá de Paula (PT) enfatizou que o direito ao saneamento básico é uma questão primordial nesse momento de crise.
"A pandemia deixou ainda mais evidente o quanto o saneamento básico é necessário e o quão desigual é a realidade de grande parte da população. Agora que temos um grande potencial de investimento em pleno processo de discussão do Plano Diretor, temos que discutir qual o futuro do saneamento da nossa cidade, principalmente da população mais pobre", afirmou ela.
Entre os convidados para a audiência pública estão representantes do Poder Executivo municipal, das três concessionárias que ganharam o leilão dos serviços de saneamento, a Cedae, o Conselho Regional de Engenharia, pesquisadores da UFRJ e Fiocruz, além de organizações da sociedade civil, como a Casa Fluminense e a Fase.
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A partir das 18h30, vereadores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais se reúnem no Plenário para um debate público com o tema "Água não é desastre, água é vida". A ideia principal do encontro promovido pelo vereador Chico Alencar (Psol) é aproveitar a data para tratar de enchentes, enxurradas e deslizamentos.
O parlamentar relembrou a tragédia recente na cidade de Petrópolis para criticar a falta de políticas públicas ambientais eficientes.
"Vimos a trágica situação que nossa vizinha Petrópolis enfrentou nas chuvas de fevereiro, com mais de 230 mortes e centenas de desabrigados. Precisamos entender que não são apenas 'desastres naturais', mas sim fruto do descaso com as políticas ambientais urbanas e com o enfrentamento às mudanças climáticas", ressaltou Alencar.
Foram convidados Alexandre Pessoa, representante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz; Maiara Barbosa, da Coletiva Feminista Popular do Psol de Petrópolis; Luizinha de Nanã, Yalorixá da Casa de Nanã; e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Edição: Eduardo Miranda