Março é o mês de luta das mulheres e o Bem Viver na TV segue sua programação de entrevistas especiais com diferentes lideranças femininas. Na edição deste sábado (19), a advogada Mila D'Oliveira reflete sobre a inclusão e, sobretudo, exclusão das pessoas com deficiência.
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"Mulheres com deficiência estão precisando o tempo todo levantar a mão e dizer que também estão aí, precisando serem chamadas, convidadas. Porque não vai dar para discutir feminismo sem convidar as mulheres com deficiência para essa roda. A gente, às vezes, está tentando dizer que nós somos mulheres”, afirma a ativista.
Soteropolitana, Mila D'Oliveira tem uma atuação ativa nas redes sociais, sobretudo, no Twitter e traz um olhar atento sobre o capacitismo na sociedade. Com três anos de idade ela começou a ter os primeiros sintomas da amiotrofia espinhal tipo três, uma doença neurodegenerativa que causa fraqueza em todos os músculos do corpo. Desde então, a deficiência a acompanha em tudo o que ela vive, assim como sua luta pela acessibilidade.
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“A necessidade da nossa inserção é primeiro sermos vistos. As pessoas saberem quais são as nossas demandas, a gente deixar de naturalizar a ausência de pessoas com deficiência nos espaços. O censo mostra que nós somos cerca de 20% da população, e ainda assim, nós não somos vistos nessa mesma proporção", denuncia.
Em relação às mulheres com deficiência, a advogada ressalta os diferentes níveis de debate na luta pela garantia de direitos.
“Quando a gente fala de direitos sexuais e reprodutivos. Muitas vezes a gente já está em discussões bem lá na frente em outras esferas, enquanto pessoas com deficiência ainda estão precisando dizer o básico, como: 'Sim, nós temos direito à sexualidade'. 'Sim, nós existimos enquanto seres sexuais'. Nós temos nossas vontades, nossos desejos, a gente precisa ter acesso mínimo a informação, que é um acesso que vai nos trazer proteção, vai nos trazer saúde. Precisamos acessar os espaços de saúde, para a gente ter uma vida plena enquanto indivíduo. Poder trabalhar, poder se relacionar", pontua Mila.
E tem mais...
Por falar em resistência feminina, o Momento Agroecológico mostra a força coletiva das mulheres que fazem o tradicional bolinho de saia em Caruaru (Pernambuco) e transformam a produção em empoderamento e geração de renda.
No Comida de Verdade, Letícia Massula ensina uma deliciosa receita mexicana de milho tostado.
Já no Mosaico Cultural, o programa Ceará Filmes representa um novo fôlego para um audiovisual já muito reconhecido pelo talento.
E a importância do café da manhã para uma alimentação saudável e para o nosso dia a dia.
O Bem Viver é uma produção do Brasil de Fato, exibida na Rede TVT, que abrange a Grande São Paulo. A produção vai ao ar às 13h30, com reprise no domingo às 6h30 e na terça-feira às 20h. Além disso, tem exibição na TVCom Maceió, na TV Floripa, na TVU Recife, na TVE Bahia e nas plataformas online da TV RSul. Confira a programação!
Onde assistir
Nas redes sociais do Brasil de Fato (Facebook e YouTube); na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC; na TVCom Maceió, no canal 12 da NET; na TV Floripa, também no canal 12 da NET; na TVU (Universitária) Recife no canal 40 UHF digital e na TVE Bahia, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.
Quando
Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h.
Na TVCom: sábados às 10h30, com reprise domingo às 10h.
Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h.
Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30.
Sintonize
No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].
Edição: José Eduardo Bernardes