O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin anunciou sua filiação ao PSB, nesta sexta-feira (18). A informação foi confirmada em publicação feita nas redes sociais.
"O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro - PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união", escreveu.
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Em uma imagem com sua foto e a logomarca do novo partido, a equipe de Alckmin inseriu a frase "não vamos desistir do Brasil", de autoria de uma das principais referências da sigla, o ex-governador Eduardo Campos, que morreu em 2014, em um acidente aéreo.
O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro - PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união. pic.twitter.com/V2gwlEQdHI
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) March 18, 2022
A informação já era especulada desde o ano passado. No início do mês, o presidente da sigla, Carlos Siqueira (PSB), havia adiantado a informação. Em seguida, no entanto, Alckmin negou que a decisão estivesse tomada.
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Na ocasião, Siqueira afirmou ainda que "Alckmin passa a ser o nosso candidato a vice". Segundo ele, contudo, antes de oficializar a chapa presidencial com o ex-tucano, "é preciso que o candidato à Presidência o faça", em referência a Lula.
Em dezembro, Alckmin se desfiliou do PSDB, onde construiu a carreira política e do qual fazia parte há 33 anos. Desde então, sua aproximação com Lula foi tratada publicamente por ambas as partes. Os dois chegaram a se reunir algumas vezes e fizeram até uma aparição pública conjunta.
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No ano passado, o Brasil de Fato mostrou que Alckmin era um dos favoritos para ocupar o posto de vice de Lula. Na ocasião, a reportagem apresentou nomes que eram tratados como alternativa, como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).
Com a confirmação da ida de Alckmin ao PSB, é cada vez mais remota uma reviravolta na escolha do vice. Nas últimas semanas, Lula fez uma série de elogios ao antigo oponente. Segundo o petista, o anúncio deve ocorrer por volta de março.
Setores do PT e da esquerda contestam a escolha de Alckmin por seu apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e por casos de repressão a movimentos populares de São Paulo. Porém, a vontade de Lula deve prevalecer.
Edição: Vivian Virissimo