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Vereador do Rio protocola mais um pedido de explicação da viagem de Carlos Bolsonaro à Rússia

Interpelação de Chico Alencar (Psol) será anexada ao pedido de esclarecimento feito por Randolfe Rodrigues (Rede) ao STF

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Carlos Bolsonaro esteve na comitiva presidencial, na semana passada, na Rússia - Alan Santos/PR

Na última quarta-feira (16), mais um pedido de explicação sobre a viagem que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) fez à Rússia foi oficializado. Desta vez, através de uma interpelação feita pelo vereador Chico Alencar (Psol) encaminhada ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que será anexada ao pedido de esclarecimento feito pelo parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informações do jornal Extra.

De acordo com o vereador, o filho de Bolsonaro, como agente público, deveria justificar o motivo da viagem, qual foi sua agenda, quem financiou os custos e como isso beneficia a população carioca. 

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Em resposta a um pedido do ministro do Alexandre de Moraes, do STF, o governo federal informou que não teve gastos com a viagem do vereador, mas não deu informações sobre seu papel na agenda presidencial. A Câmara Municipal também negou que tenha arcado com os custos, que incluem transporte, consumo e hospedagem.

Entre as suspeitas apontadas por Alencar, que embasam os questionamentos, está a possibilidade de que a viagem envolveu discussões sobre interferências russas nas eleições brasileiras, por meio da internet. 

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“Nós estamos cobrando transparência com o uso de dinheiro público. Mas Carluxo saiu pela tangente e disparou: ‘se não gostou, pisa no chão, pisa nas calças’. Postura típica de quem pisa na transparência exigida daqueles que exercem mandato público”, disse em postagem no Twitter.

Na sessão da última terça-feira (15), após ser confrontado por Alencar, Carlos argumentou que esteve presente de forma remota nas sessões da Câmara durante a viagem, como permite o regimento interno da Casa.

“Não há problema qualquer vereador estar em outro lugar. Se não gostou, pisa no chão, pisa nas calças e vamos adiante”, declarou no plenário.

Edição: Mariana Pitasse