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SOBERANIA

No Rio, trabalhadores protestam em frente à Eletrobras contra privatização da estatal

Ato teve a participação do MAB, do MST, de sindicatos, movimentos populares e de parlamentares de esquerda

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
eletrobras rio
Atos ocorreram em 19 estados e foram também pelo "Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida" - @pablovergarafotografia / MST

Um ato em frente à sede da Eletrobras, no centro do Rio de Janeiro, reuniu trabalhadoras, trabalhadores, sindicatos, centrais sindicais e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na manhã desta segunda-feira (14) para protestar contra a privatização da estatal, maior empresa de energia da América Latina.

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Durante a manifestação, foram celebrados o Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida e os 31 anos do MAB, que passou a aprofundar o debate sobre os impactos dos grandes empreendimentos na vida das comunidades rurais e urbanas e as consequências para o meio ambiente.

As mobilizações pelo dia de luta aconteceram nos 19 estados em que o MAB está organizado. No Rio, o ato pela Eletrobras teve a participação de diversos parlamentares do estado e da capital, como a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e os vereadores Lindbergh Farias e Reimont, ambos do Partido dos Trabalhadores.

O vereador Lindbergh Farias (PT) lembrou problemas apontados no processo de privatização, como a subavaliação dos valores para a venda da estatal. No mês passado, o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), destacou que apesar de a gestão orçar as hidrelétricas da companhia em R$ 67 bilhões, o patrimônio valeria R$ 130,4 bilhões.

"Quem comprar e entrar nesse processo, vai perder dinheiro porque esse processo tem que ser anulado. A gente sente que Bolsonaro não continuará como presidente da república, é justamente por isso que eles correm para privatizar", afirmou o petista.

Lindbergh acrescentou que foram os bancos públicos do Brasil e a aceleração de investimentos pela Eletrobras e pela Petrobras que tiraram o país da crise mundial econômica de 2008 mais rápido que outras nações.

"A luta contra as privatizações e o entreguismo do desgoverno Bolsonaro precisa ser uma das nossas prioridades. Estamos aqui no Ato pela Eletrobras pública, onde denunciamos todos os problemas que a privatização pode causar ao povo brasileiro. É preciso deixar claro: energia não mercadoria!", afirmou o vereador Reimont (PT).

Edição: Eduardo Miranda