Ônibus que compõem a frota da cidade do Rio de Janeiro foram denunciados circulando a mais de três mil quilômetros em Rio Branco, capital do Acre. A informação é do RJ1 publicada também pelo portal G1. Segundo a notícia, são pelo menos 20 coletivos em bom estado de conservação. Os ônibus têm adesivos do Disque-Denúncia do Rio, do programa Ônibus Ok, do Rio Ônibus e até o brasão do município.
De acordo com a apuração, os ônibus pertencem a duas empresas: a Viação Nossa Senhora das Graças, do Consórcio Intersul, responsável por três linhas na capital; a outra é a Viação Verdun, do Consórcio Internorte.
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As duas viações estão em nome de David Ferreira Barata, filho de Jacob Barata e irmão de Jacob Barata Filho. Conhecido como "Rei do ônibus", Jacob Barata Filho chegou a ser preso em 2017 pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção no setor de transportes. Recentemente o processo foi enviado à Justiça estadual por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em Rio Branco, a prefeitura decretou situação de emergência e anunciou a contratação sem licitação da empresa Rico para assumir 31 linhas da capital com 70 ônibus. Parte dos carros tem placa de Mauá, no interior de São Paulo, e outra parte do Rio de Janeiro.
Pela legislação, as empresas podem vender ônibus que são usados nas linhas, mas primeiro precisam de uma autorização da prefeitura, que avalia se eles farão falta para os passageiros.
A Secretaria de Transportes informou à reportagem do RJ1 que, nos últimos meses, nenhuma das duas viações Nossa das Graças e Verdun, não fizeram nenhum pedido desse tipo.
A Prefeitura do Rio disse que monitora a movimentação dos ônibus por meio do GPS. Juntas, as viações registraram 352 infrações por não respeitarem o número mínimo de ônibus rodando nas ruas. Afirmou ainda que sete ônibus vistos em Rio Branco fazem parte da frota que deveria estar no Rio.
Edição: Mariana Pitasse