A tragédia que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, no último dia 15 de fevereiro e deixou centenas de pessoas desabrigadas motivou diversas ações solidárias. Para minimizar o sofrimento das famílias, a ONG Argilando montou uma força tarefa para ir até o município auxiliar a população com a entrega de alimentos, água, roupas e outros itens básicos.
A organização sem fins lucrativos, criada em 2004, enviou primeiro uma equipe até Petrópolis para estudar as necessidades do local, depois organizou o recebimento de doações em sua sede na zona Norte do Rio de Janeiro e, por fim, levou os donativos até a cidade.
O diretor do projeto, Pedro Ronan, explicou em entrevista ao Programa Central do Brasil, uma parceria da rede TVT com o Brasil de Fato, que a vontade de ajudar em situações deste tipo é muito importante, mas que é necessário ter em mente que existem questões de logística, como a capacidade dos locais de receber as doações e itens que as pessoas necessitam com maior urgência.
“Quem está do outro lado, enfrentando esta tragédia, já está em uma situação de vulnerabilidade e tem que receber aquilo que é possível utilizar para facilitar”, explicou o diretor.
Além da tragédia em Petrópolis, a pandemia de covid-19 que atinge o mundo todo desde 2020 também tem mobilizado o lado solidário de diversas pessoas e organizações. O coletivo Ame o Santo Amaro, no Rio de Janeiro, é um deles.
A ONG surgiu da necessidade de auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social a partir de um grupo de amigos se reuniu para distribuir quentinhas para seus vizinhos do morro Santo Amaro, no centro do Rio. Eles haviam perdido seus empregos por causa da pandemia e estavam passando por dificuldades financeiras, mas perceberam que era necessário criar formas de ajudar as pessoas da comunidade.
Atualmente, o coletivo não só arrecada alimentos, roupas e outros itens de necessidade básica, mas também garante auxílio jurídico e assistência social para população em situação de rua, moradores de ocupações do Rio e famílias de Santo Amaro.
Para a liderança do projeto, Lucas Pessoa, “o coletivo fez e faz a diferença na vida de muita gente”. Pessoa diz que se dedica quase que integralmente ao grupo e chegou a rifar o celular para conseguir dinheiro e alugar um local para ser a sede do Ame o Santo Amaro.
“A gente recebe mensagens de pessoas agradecendo que as ajudamos a sair da fome, as ajudamos a ter um lugar para dormir, e isso é o mais importante”, finaliza Lucas.
Ambos os coletivos recebem doações de itens e dinheiro de pessoas físicas e empresas. Para contribuir, basta acessar a página do Argilando e do Ame o Santo Amaro.
Edição: Mariana Pitasse