O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) encaminhou sua filiação ao PSB, nesta segunda-feira (7), em conversa com o presidente do partido, Carlos Siqueira. A informação foi confirmada pelo chefe da sigla em contato com diversos veículos de imprensa.
De acordo com os relatos do líder do PSB, o ex-governador Márcio França, um dos grandes aliados de Alckmin, e o prefeito de Recife, João Campos, também estavam na reunião. A data do evento de filiação ainda não foi acertada no encontro.
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"Ficou acertado que ele entra no PSB, só falta agora a data da filiação. A conversa foi excelente", disse Siqueira à colunista Andréia Sadi, do G1. O presidente do PSB disse ainda que a filiação não depende da confirmação da federação que está sendo negociada entre PSB, PT, PCdoB e PV.
"Quando ele disse que o caminho natural é aqui, é porque vai acontecer. Nunca tivemos muita dúvida da opção dele. Ele sabe que aqui é sempre muito bem-vindo. Todos nós já demos as boas-vindas a ele", disse Siqueira ao Uol.
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O presidente do PSB afirmou ainda que "Alckmin passa a ser o nosso candidato a vice". Segundo ele, contudo, antes de oficializar a chapa presidencial com o ex-tucano, "é preciso que o candidato à Presidência o faça", em referência a Lula.
Em dezembro, Alckmin se desfiliou do PSDB, onde construiu a carreira política e do qual fazia parte há 33 anos. Desde então, sua aproximação com Lula foi tratada publicamente por ambas as partes. Os dois chegaram a se reunir algumas vezes e fizeram até uma aparição pública conjunta.
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No ano passado, o Brasil de Fato mostrou que Alckmin era um dos favoritos para ocupar o posto de vice de Lula. Na ocasião, a reportagem apresentou nomes que eram tratados como alternativa, como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).
Com a confirmação da ida de Alckmin ao PSB, é cada vez mais remota uma reviravolta na escolha do vice. Nas últimas semanas, Lula fez uma série de elogios ao antigo oponente. Segundo o petista, o anúncio deve ocorrer por volta de março.
Setores do PT e da esquerda contestam a escolha de Alckmin por seu apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e por casos de repressão a movimentos populares de São Paulo. Porém, a vontade de Lula deve prevalecer.
Edição: Rebeca Cavalcante