Um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na semana passada, mostra que a vacinação e o isolamento podem ter evitado 380 mil internações e 66 mil mortes em decorrência da covid-19 no Rio até junho do ano passado.
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O estudo buscou compreender o real impacto de medidas farmacológicas e não farmacológicas para deter a pandemia. Segundo o documento, apenas a vacinação teria evitado mais de 230 mil casos de hospitalizações e mais de 43 mil mortes. Já as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e isolamento, teriam evitado 150 mil hospitalizações e 23 mil óbitos pela doença.
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) desenvolveram modelos matemáticos capazes de capturar e descrever a dinâmica da pandemia de covid-19 na cidade.
As informações analisadas sobre casos, hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são do banco de dados público Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do governo do estado do Rio de Janeiro.
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Coordenador do Procc/Fiocruz e do estudo, Daniel Villela ressalta que o trabalho foi realizado em uma época de grande disseminação da variante Gama e a vacinação foi a grande responsável por frear os casos graves.
"O que aconteceu já foi uma tragédia, mas teríamos tido um número de casos e hospitalizações ainda maior, se não fossem as medidas adotadas", comentou o pesquisador.
Ômicron
Com a chegada da variante Ômicron no país e na cidade do Rio de Janeiro, o cenário teve algumas mudanças, mas o coordenador do estudo enfatizou que a mensagem capturada continua a mesma.
"Mesmo com a entrada de uma nova variante como essa, do aumento de casos decorrentes disso e das doses de reforço da vacina, temos que continuar tomando os cuidados. De certa forma, é uma repetição do mesmo filme, mas com outros elementos. A mensagem é a de que as políticas combinadas continuam sendo importantes e atingindo os melhores resultados", disse Villela.
Edição: Eduardo Miranda