O tradicional bloco Cacique de Ramos, que completou 60 anos em 2021, é tema de uma mostra individual do artista plástico Alexandre Palma. A exposição “Eu sou Cacique” está em cartaz na galeria Modernistas, em Santa Teresa, no centro do Rio, até o dia 2 de abril, com entrada gratuita.
A pandemia impediu a realização do clássico desfile vibrante e de referência à cultura popular carioca, então, para homenagear as seis décadas do bloco, Alexandre decidiu realizar a mostra. Através das cores vermelho, branco e preto, as obras trazem referências à história afro brasileira e indígena.
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Alexandre Palma explicou em entrevista para o programa Central do Brasil, transmitido pela TVT e produzido em parceria com o Brasil de Fato, que o Cacique de Ramos é mais que um bloco de carnaval, e possui grande importância para a sociedade.
“As pessoas que estão no Cacique de Ramos têm uma consciência e uma percepção muito importante para os dias atuais da necessidade de reafirmar a brincadeira e a folia, mas em uma perspectiva crítica, porque existe o interesse em dar um recado sobre diversidade, interculturalismo e possibilidade de troca’, afirmou o artista.
Tombado em 2010 como Patrimônio Imaterial da cidade do Rio de Janeiro, o bloco Cacique de Ramos foi berço do samba para artistas como Zeca Pagodinho e Grupo Fundo de Quintal, e teve como madrinha a saudosa Beth Carvalho.
Para o artista, Alexandre Palma, a exposição é uma “possibilidade de reafirmar a importância do Cacique de Ramos e também mostrar como as artes visuais podem dialogar com a música”.
A exposição “Eu sou Cacique” está em cartaz de quinta a domingo. As visitas guiadas com o artista acontecem todas as quintas-feiras, às 15h. A galeria modernistas fica na rua Paschoal Carlos Magno, 39, em Santa Teresa, na região central do Rio.
Edição: Mariana Pitasse