Na madrugada desta sexta-feira (25), os motoristas do BRT do Rio de Janeiro entraram em greve. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, segurança e reajuste salarial. A paralisação somou todos os cerca de 200 veículos articulados que operam nos corredores Transolímpico, Transoeste e Transcarioca.
A greve se iniciou cerca de uma semana depois de a prefeitura decretar a caducidade parcial dos contratos de concessão, assumindo em definitivo a operação do BRT pela estatal Mobi-Rio até a realização de uma nova licitação para operar o sistema.
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Ao todo, 480 motoristas trabalham no BRT, segundo informações do Sindicato dos Rodoviários divulgadas em nota na manhã desta sexta.
''Eles reivindicam que seja realizado um novo contrato que garanta todos os direitos dos funcionários, incluindo férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio-desemprego, reajuste salarial, ticket-alimentação, plano de saúde, pagamento de horas extras, além da contratação de funcionários que foram afastados pelo INSS porque estão com problemas de saúde'', diz o texto do sindicato.
No Twitter, o prefeito Eduardo Paes afirmou que o movimento teria o apoio dos empresários de ônibus, que estariam descontentes com a perda da operação do sistema.
“Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para reconquistar a concessão. Lamento informar que eles não serão bem sucedidos. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema”, disse Paes.
Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema.
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 25, 2022
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Em resposta, o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) rebateu as críticas por meio de nota.
"O Rio Ônibus repudia o posicionamento do prefeito Eduardo Paes e ressalta que a paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus”, diz trecho do comunicado.
Também em nota enviada à imprensa, a prefeitura disse que não recebeu comunicado prévio sobre a paralisação ou pauta de reivindicações.
“Trata-se de uma greve ilegal. Sem qualquer tipo de aviso prévio, os motoristas do sistema BRT entraram em greve. A Prefeitura do Rio, por meio da empresa MOBI-Rio, orienta à população que procure outra alternativa de transporte público para se locomover”.
Edição: Mariana Pitasse