O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quarta-feira (23) que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre a investigação da viagem do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), à Rússia, na comitiva presidencial, na semana passada. Aras tem até cinco dias para se manifestar sobre o caso.
O pedido de investigação foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). De acordo com o parlamentar, a suspeita é que Carlos tenha ido à Rússia para obter informações sobre o aplicativo de mensagens Telegram, utilizado largamente pela família Bolsonaro e na difusão de notícias falsas.
A comitiva foi reduzida a pedido do Kremlim, deixando de levar três ministros de Estado. A presença de Carlos e do assessor presidencial Tércio Arnaud, suspeito de compor o chamado “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto foi mantida, no entanto.
PGR X Moro
A Procuradoria-Geral da República irá buscar indícios de crimes supostamente cometidos pelo pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) nas delações premiadas feitas nos últimos anos pelo Ministério Público Federal (MPF), segundo apuração da CNN Brasil.
A decisão pelo pente-fino foi tomada pelo grupo de procuradores designados pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, depois que o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), encaminhou o pedido de bloqueio de bens de Moro (Podemos).
O TCU também decidiu compartilhar com a PGR os documentos acerca dos valores recebidos por Moro enquanto funcionário da empresa de consultoria estadunidense Alvarez & Marsal (A&M), que é administradora judicial de empresas que foram investigadas pela Operação Lava Jato.
O ministro Bruno Dantas afirma, no despacho, que os fatores precisam “ser mais bem apurados”. “Se por um lado, a documentação já constante dos autos ainda não caracteriza as irregularidades apontadas na inicial, ela é mais do que suficiente para justificar a continuidade das investigações”, escreveu.
Covid-19
O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, de 90 anos, está internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul da capital paulista. Na última sexta-feira (18), ele recebeu o diagnóstico positivo para covid-19 na última sexta-feira (18).
Segundo a assessoria de imprensa do ex-deputado, seu estado de saúde não é grave e a sua alta médica deve acontecer até esta sexta-feira (25).
Edição: Vivian Virissimo