Estudiosos apontam que tecnologias podem esconder práticas racistas
A tecnologia não é neutra e existe muito racismo na inteligência artificial presente em diversos aplicativos digitais comuns no dia a dia. É o que defende o pesquisador Tarcízio Silva, que acaba de lançar um livro sobre o tema e concedeu uma entrevista à edição de hoje (24) do Programa Bem Viver.
Segundo o autor, o racismo algorítmico é conceito importante para entender como as tecnologias digitais impactam negativamente as minorias raciais, em diversos locais do mundo. Quando algoritmos passam a ter poder de decidir o que é discurso de ódio e o que é atrativo, as possibilidades de discriminação aumentam.
“Racismo algarítmico é um termo utilizado globalmente por estudiosos que tentam entender como tecnologias podem intensificar práticas discriminatórias, nos diversos aplicativos presentes no nosso dia a dia, na comunicação, no trabalho, nos serviços, na paquera e no atendimento de saúde”, disse. “Nos últimos 10 anos, muitos estudiosos vem apontando que as tecnologias podem esconder práticas racistas e outras discriminações, por região, gênero ou deficiência física.”
O pesquisador investiga o racismo algorítmico de forma interdisciplinar em aplicativos e redes sociais, em especial os que fazem uso de visão computacional e reconhecimento facial.
Petróleo na Bacia do São Francisco
A empresa Exxon Mobil iniciou o trabalho de perfuração na Bacia do Rio São Francisco, na divisa dos estados de Sergipe e Alagoas, para extrair petróleo, em um processo que deve durar cinco anos. A região concentra 54 áreas de proteção ambiental e um erro pode significar um desastre ambiental sem precedentes.
Além de ameaças a fauna e a flora, o trabalho de diversas comunidades extrativistas que vivem na região pode estar em xeque. O Brasil de Fato conversou com pessoas que próximas ao local da perfuração e com especialistas da área ambiental para entender o que está em jogo.
Merenda escolar
A volta às aulas presenciais na capital paulista trouxe fatos para envergonhar a gestão municipal: a merenda escolar foi oferecida com alimentos estragados em diversas unidades de educação da cidade.
Segundo denúncias, escolas receberam arroz com larvas, verduras e legumes podres e biscoitos mofados da empresa terceirizada responsável pela merenda escolar. Além disso, pais e responsáveis denunciam problemas de infraestrutura e dificuldade de acesso a uniformes e materiais escolares.
A Vigilância Sanitária, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Município foram acionados para averiguar a situação.
Sintonize
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Edição: Sarah Fernandes