A norma de flexibilização do uso de máscaras está sendo novamente avaliada pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES). Desde 2020, a legislação estabelece a obrigatoriedade da proteção facial em locais fechados no estado.
Em nota enviada à imprensa, a SES não detalhou se estuda derrubar a obrigatoriedade das máscaras ou se optará por uma revisão parcial do protocolo, com a liberação das máscaras em determinados locais fechados, por exemplo.
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Por outro lado, no texto a SES também pontuou que, neste momento, é prematuro falar que a pandemia atingiu o estágio de endemia no estado do Rio de Janeiro.
A classificação de endemia é utilizada para uma doença de causa e atuação local, ou seja, se manifesta com frequência em determinada região, mas tem um número de casos esperado – um padrão relativamente estável que prevalece. Se houver alta incidência e persistência de doença, pode ainda ser chamada de hiperendêmica.
“A dinâmica do vírus, com as possibilidades do surgimento de novas variantes, e a ausência de um histórico da doença não permitem a SVAPS (Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde) fazer esse tipo de afirmação”, escreveu a SES.
Segundo o Painel de Monitoramento Covid-19 do governo do Estado, entre as semanas epidemiológicas 2, entre 9 a 15 de janeiro, e 5, entre 30 de janeiro a 2 de fevereiro, houve uma queda de 92% no número de casos confirmados no estado. Foram 185.212 ocorrências na semana 2, contra 15.098 na semana 5.
As mortes causadas pela variante Ômicron, no entanto, atingiram o auge na semana 4, entre 23 a 29 de janeiro, foram 566 registros. A explicação é que a contagem semanal de óbitos demora mais a flagrar mudanças de tendência no cenário epidemiológico por conta do tempo natural que a doença leva para ser diagnosticada e se desenvolver. Também devido ao atraso no preenchimento oficial das notificações.
A mais recente atualização do mapa de risco do governo estadual, divulgada na última semana, apresentou todo o estado em bandeira amarela, que quer dizer nível baixo de transmissão da doença. Apenas as regiões Centro-Sul e Serrana se mantêm em patamar moderado, e a Noroeste, ainda com risco alto.
Edição: Mariana Pitasse