Brasil é o país com maior número de comunidades isoladas do mundo
Os povos indígenas isolados, aqueles que optaram por não manter contato com a sociedade não indígena, estão cada vez mais ameaçados pelo avanço do desmatamento, em especial na região da Amazônia. A sobrevivência dessas populações depende de um conjunto de políticas pública, que vem sendo desmontadas ano a ano no país, segundo avaliação do sertanista Wellington Figueiredo, especialista na defesa de povos isolados.
Figueiredo, que foi um dos primeiros profissionais da Fundação Nacional do Índio (Funai) a ter contato com comunidades isoladas, conversou com a edição de hoje (21) do Programa Bem Viver e lamentou que a situação desses povos desperte pouca empatia na opinião pública.
Aos 70 anos, o sertanista esteve na linha de frente de dezenas de expedições que estabeleceram contato com povos habituados a viver de maneira autônoma na floresta. Ele também contribuiu com a criação da Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato, vinculado à Funai, que iniciou as atividades em 2003.
De lá para cá, a política do órgão mudou e o contato passou a ser feito apenas quando há risco ou ameaças para essas populações.
A maioria dos povos isolados do país vive na região oeste do estado do Amazonas, área reconhecida como a com maior concentração de comunidades isoladas do planeta. Dos 26 povos que habitam a Terra Indígena Vale do Javari, por exemplo, 19 deles vivem em isolamento voluntário, segundo o Instituto Socioambiental (ISA).
Lucro dos bancos
Em meio a crise sanitária e econômica causada pela pandemia de covid-19, os quatro principais bancos brasileiros tiveram lucro recorde. Só no ano passado, somando os rendimentos de Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco, a cifra passou de R$ 80 bilhões.
Enquanto isso, os efeitos da crise na vida da população são claros: a pandemia causou impactos severos na economia do país, que se refletiram no bolso dos trabalhadores. Não é difícil encontrar pessoas que perderem o emprego ou tiveram a renda drasticamente reduzida no período.
Manifesto comunista
O dia 21 de fevereiro de 1848 mudou para sempre a história do mundo. Foi nesta data que os filósofos Karl Marx e Friedrich Eagles lançaram o famoso Manifesto Comunista, uma contundente crítica ao modo de produção capitalista e à forma como a sociedade se estruturou por meio dele.
O documento foi escrito no meio do grande processo de lutas urbanas das Revoluções de 1848, chamadas também de Primavera dos Povos, um movimento contestador e revolucionário que se espalhou por diversos países europeus.
O documento buscou organizar o proletariado como classe social capaz de reverter situação precária imposta pelos patrões. Mais de 150 anos após sua publicação, o manifesto segue atual e influenciando a luta da classe trabalhadora.
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Edição: Sarah Fernandes