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Vacinação infantil contra covid e luta contra negacionismo são destaques no Programa Bem Viver

A edição entrevista o pediatra Alexandre Bublitz que atua na linha de frente no Rio Grande do Sul

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Vacinação infantil começa neste domingo (16) no Distrito Federal, com a disponibilização de cerca de 16 mil doses. - Marcelo Camargo/Agência Brasil
São muitas dúvidas e medos. E muitos desses medos são estimulados por grupos antivacinas

A imunização infantil contra covid-19 no Brasil foi iniciada no dia 14 janeiro deste ano, com mais de 20 dias após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesse intervalo de tempo, o governo federal postergou a aplicação das doses enquanto foram realizadas audiência e consulta pública.

Relembre: Vacinação infantil começou no Brasil entre erros e desencontros do governo Bolsonaro

Pouco mais de um mês do início da campanha nacional de vacinação com o público entre 5 e 11 anos, o pediatra Alexandre Bublitz, do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas de Porto Alegre (RS) alerta sobre o agravamento das campanhas de desinformação que tem como cúmplices o presidente Jair Bolsonaro, seus assessores e apoiadores. Grupos antivacinas têm feito manifestações públicas contra a imunização.

"A vacinação no Brasil foi um processo lento, fomos indo a passos de tartaruga, muito por falta de vacinas, muito por um atraso do início da vacinação e também por um quadro de desestimulação pelo governo federal. Muita gente estava querendo se vacinar, mas não podia porque ainda não tinha chegado sua data ou não tinha vacina", afirma.

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Especificamente para crianças e adolescentes, o especialista afirma que o caso é diferente, quando comparado com o público mais velho.

"No caso das crianças, estamos vendo uma característica bem diferente. As vacinas estão aí. Há vacina suficiente para vacinar todas as crianças. Se você levar o seu filho hoje num posto de saúde, consegue fazer a vacinação. Entretanto, o que vemos é uma não adesão à vacinação. E essa não adesão está acontecendo muito por uma descrença de boa parte dos pais nas vacinas. São muitas dúvidas e medos. E muitos desses medos são estimulados por outros grupos, por pessoas antivacinas e, infelizmente, pelo próprio governo federal", declara.

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Universidades federais 

A edição também destaca as quedas sucessivas no orçamento das universidade federais durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, foram direcionados R$ 5,33 bilhões disponíveis para investimentos, manutenção e bolsas estudantis. É menor do que o orçamento para universidades sancionado pelo próprio Bolsonaro dias após tomar posse como presidente da República, em 2019: R$ 6,06 bilhões.

Desde 2019, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ultrapassa os 20%. Considerando esse índice e o orçamento de 2019, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que o montante reservado às universidades deveria ser de pelo menos R$ 7,2 bilhões para que mantivesse sua capacidade de compra. Atualmente, ele é 25% menor que isso.

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Pixinguinha 

O Bem Viver também lembra Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha. Mestre absoluto da música brasileira, a artista criou um repertório vasto, especialmente se tratando de choro.  

Em 17 de fevereiro de 1973, o mundo perdia Pixinguinha. Ele morreu aos 75 anos, no Rio de Janeiro, mesma cidade que nasceu, em 1897. O dia de aniversário dele, 23 de abril, foi batizado como o Dia do Choro, uma justa homenagem ao mestre do gênero. Confira a edição para acompanhar a homenagem! 


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Edição: Daniel Lamir