Rio de Janeiro

REFORMA AGRÁRIA

Após chuvas, assentamento Irmã Dorothy cobra infraestrutura da prefeitura de Quatis (RJ)

Situação das estradas impede crianças de frequentarem a escola e acesso aos serviços básicos de saúde

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Famílias assentadas denunciam abandono das políticas públicas para a reforma agrária em Quatis (RJ) - MST-RJ

Um grupo de famílias do assentamento Irmã Dorothy, no sul fluminense, organizou na última quarta-feira (16) uma ocupação simbólica na prefeitura de Quatis para denunciar o abandono das políticas públicas para a reforma agrária no município. Eles distribuíram alimentos agroecológicos e reivindicaram obras de infraestrutura.

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Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), após as chuvas na última semana, as estradas do assentamento ficaram impraticáveis, o que tem causado inúmeros transtornos para mais de 50 famílias no local. 

“A demanda que o Irmã Dorothy apresenta é a questão da infraestrutura básica, o direito de ir e vir, saúde, educação, que estão sendo impedidos devido às condições das estradas do assentamento. Estamos em busca das estradas principais, para que pelo menos os moradores, projetos e a assistência do município cheguem na comunidade. As crianças hoje não conseguem ir para escola por conta disso, então é a nossa emergência”, explica Stéfane Oliveira, coordenadora do assentamento.

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Após o protesto, a comunidade esteve em reunião com o prefeito Aluísio Max (PSC) e secretários do município na manhã desta quinta (17). Ainda segundo o MST, o diálogo sobre a precariedade das estradas e o retorno às aulas vem se arrastando desde o ano passado sem solução.

De forma emergencial, o município deve providenciar um transporte 4x4 para levar as crianças às escolas e auxiliar os moradores a partir da semana que vem. A prefeitura de Quatis ainda se comprometeu a enviar uma equipe técnica ao local para vistoriar as estradas.

“O Dorothy tem potencial de desenvolver a agricultura de forma concentrada no município, produzir alimentos agroecológicos para a merenda escolar. Estamos com diversas parcerias com instituições e projetos parados por conta da falta de acessibilidade”, completa Stéfane.

Edição: Clívia Mesquita