RACISMO

Loja Reserva expõe manequim preto quebrando vidraça e é acusada de racismo nas redes sociais

Em 2014, a marca de roupas foi acusada de machismo ao reforçar tarefas domésticas como obrigações de mulheres

Brasil de Fato | Belém (PA) |

Ouça o áudio:

O manequim negro estava quebrando a vitrine da loja. O caso gerou revolta nas redes sociais. - Reprodução

*Esta matéria foi atualizada às 12h37. O apresentador Luciano Huck não faz mais parte do quadro societário da Reserva.

Uma ação de marketing da loja de roupas Reserva gerou revolta nas redes sociais, que acusam a marca de racismo. 

O caso ocorreu em Salvador, capital da Bahia, no Shopping Barra, localizado próximo a importantes cartões-postais soteropolitanos, como o Farol da Barra e o Porto da Barra.

A loja, em uma ação promocional, escolheu colocar um manequim preto quebrando a vidraça da loja. O caso gerou revolta não apenas aos clientes, mas também nas redes sociais. A imagem foi registrada na última segunda-feira (14). 

 

Outra polêmica


Instruções de lavagem da marca tinham os seguintes dizeres: “Para entender melhor a simbologia da lavagem, acesse o site. Ou dê para sua mãe. Ela sabe como fazer isso bem” / Reprodução

Em novembro de 2014, a loja de roupas carioca, que, à época, tinha como um dos sócios o apresentador Luciano Huck, foi criticada por indicar nas recomendações de lavagem que o ato seria uma tarefa atribuída às mulheres. Em 2020, a Reserva foi vendida para o grupo Arezzo&Co.

Na ocasião, a empresa se pronunciou dizendo que a mensagem quis “ressaltar” o quão especial é o carinho das mães e negou que a mensagem tenha conteúdo machista. 

O que diz a reserva?

A marca disse que a vitrine intitulada "Loucuras pela Reserva", "jamais teve como objetivo ofender qualquer pessoa ou disseminar ideias racistas e sim, de somente, divulgar a liquidação da marca". A empresa afirmou que a vitrine será desmontada imediatamente e alega repudiar o racismo em todas as suas formas de expressão.

O Shopping Barra informou que não vai se manifestar sobre o caso.

Edição: Vivian Virissimo