O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) afirmou que o quiosque que será cedido à família de Moïse Kabagambe provavelmente não será aquele em que o congolês foi morto localizado na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade. A afirmação foi feita em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (14).
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A concessão do espaço foi inicialmente aceita pelos parentes de Moïse, mas impossibilitada de ser feita depois que o atual administrador do local afirmou que não sairia dali, gerando medo de represálias nos familiares do congolês.
“Nós estamos conversando com a família permanentemente. Vamos encontrar uma saída alternativa para essa família. Provavelmente não será ali. A ideia ali é de fazer alguma homenagem, algum registro, porque a gente precisa lembrar como sociedade o que aconteceu com esse rapaz”, afirmou o prefeito.
Durante a entrevista, Paes também afirmou não acreditar que o crime tenha participação da milícia.
“Na verdade, o sujeito que ocupou o tal quiosque [o cabo da Polícia Militar Alauir de Mattos Faria] já estava sendo processado pela concessionária, que tem contrato com a prefeitura, e a Justiça ainda não tinha feito a reintegração de posse, porque ele ocupou irregularmente. O sujeito que tinha o contrato [o proprietário Celso Carnaval, de 81 anos] vendeu para esse policial sem que a concessionária topasse. Cabe à polícia investigar isso. Não tenho os instrumentos para essa investigação ou para dizer o que aconteceu de fato ali. Mas, a princípio, não me parece, nesse caso específico, que tenha uma relação com milícias”, argumentou.
Edição: Mariana Pitasse