Rio de Janeiro

CASSAÇÃO

Alerj cumpre decisão do TSE, afasta deputado e pai de Jairinho assume a vaga

Vandro Família fez distribuição irregular de 217 cestas básicas a servidores públicos de Magé, em 2018

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Vandro Família
Vandro Família, do Solidariedade, foi cassado por irregularidades na campanha eleitoral de 2018 - Thiago Lontra/Alerj

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) cumpriu a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e decidiu pelo afastamento do deputado Vandro Família (Solidariedade). A reunião do grupo aconteceu na última terça-feira (8) e os 13 deputados que compõem o colegiado votaram favoravelmente.

Leia mais: Alerj teve 81% das propostas em segurança pública voltadas para aumento da militarização

O TSE já havia emitido, em novembro do ano passado, decisão pela cassação de Vandro por irregularidades nas eleições de 2018. Vandro Família é responsabilizado pela distribuição irregular de 217 cestas básicas a servidores públicos de Magé, em 2018.

A defesa dele afirma que as cestas básicas foram ofertadas com base em uma lei municipal, que contempla com o benefício funcionários com remuneração mensal bruta de até R$ 1.500,00.

Com o afastamento, o deputado Coronel Jairo (Solidariedade) assume o mandato em definitivo. Ele ocupava a vaga de suplente de Rodrigo Bacellar, que deixou a Alerj para assumir a Secretaria de Estado de Governo.

Leia também: Homem acusado por duplo feminicídio em Nova Friburgo é absolvido por júri popular

A vaga de Bacellar, então, seria ocupada por Paulo Bagueira, do mesmo partido, que deverá decidir se deixará o cargo de vice-prefeito de Niterói, para o qual foi eleito em 2020. Caso Bagueira não assuma, a vaga caberá a Paula Tringuelê, que é a terceira suplente do Solidariedade e já atuou como secretária municipal de Assistência Social de Guapimirim.

Pai de Jairinho

O pai do ex-vereador Jairinho, Coronel Jairo, em junho do ano passado, após Rodrigo Bacellar se transferir para um posto no governo do estado. Coronel Jairo retornou à Alerj dois anos e meio depois de ter o mandado suspenso. Ele é suspeito de ter recebido R$ 2,8 milhões em propina e chegou a ser preso por lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos.

Ao retornar à Alerj, no ano passado, uma das primeiras ações de Coronel Jairo foi usar sua influência política para tentar reverter a cassação do filho na Câmara de Vereadores do Rio. Jairinho perdeu o cargo após ser acusado e se tornar réu pela morte de seu enteado Henry Borel, de oito anos, no dia 8 de março de 2021.

Edição: Eduardo Miranda