Dados divulgados, nesta terça-feira (7), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelaram o que a população já estava sentindo no bolso: a alta no preço dos alimentos,
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada em 17 capitais. Na comparação com o valor da cesta básica entre os preços de janeiro de 2022 e os de janeiro de 2021, as maiores altas acumuladas ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%), chegando ao valor de R$ 538,65, e Campo Grande (14,08%).
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Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2022, mais da metade (55,20%) do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mesmo com o reajuste de 10,18% dado ao salário mínimo.
Em janeiro de 2022, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais em comparação com dezembro de 2021, já o do açúcar e do óleo de soja em 15 cidades, incluindo João Pessoa, assim como o arroz. O tradicional feijão teve uma das altas mais expressivas na capital paraibana, chegando a 1,37% de aumento.
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Segundo Dieese, para suprir as despesas de um trabalhador com uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo deveria equivaler a R$ 5.997,14 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Fonte: BdF Paraíba
Edição: Heloisa de Sousa