O repositor Durval Teófilo Filho, 38 anos, foi assassinado por um vizinho ao chegar no condomínio onde morava no bairro de Colubandê, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
O crime ocorreu na noite da última quarta-feira (2). Durval era negro e foi morto pelo sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que disse ter atirado três vezes após o homem “ter se aproximado muito rápido de seu veículo”.
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Porém, as imagens das câmeras de segurança contradizem a versão do militar. O vídeo mostra o momento em que Durval chega e abre a mochila. Na sequência, de dentro do carro Aurélio efetua disparos contra a vítima. O militar desembarca e atira novamente contra Durval, que já estava caído no chão.
O marinheiro chegou a prestar socorro para a vítima. Contudo, Durval não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
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O sargento foi preso em flagrante por policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo e foi autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. À polícia, Aurélio informou que “a localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”.
Em reportagem do jornal O Dia, o tio da vítima, Jorge Luiz, contou que Durval trabalhava no supermercado Mundial, no bairro de Santa Rosa, em Niterói. Luiz pediu justiça emocionado na tarde desta quinta-feira (3) no Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo.
"Ele [Durval] nem olhou o carro do cara. Ele botou a mão na mochila para pegar a chave e abrir o portão da casa dele. Isso é racismo. Porque acham que o cara negro não pode morar em certo tipo de lugar. Isso não existe. Fica meu pedido que a justiça seja feita. Que ele pague pelo que ele fez", cobrou.
Edição: Jaqueline Deister