No sábado (29), o Brasil de Fato Paraná recebeu o Prêmio “Jacklenie Benites”, sendo reconhecido como “aliade dos direitos Travestis e Transexuais.” A menção honrosa foi uma iniciativa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e da Parada LGBTI de Apucarana.
A entrega dos prêmios aconteceu em Apucarana, no evento “Café Trans e Travesti”, organizado pela coordenação da Parada LGBTI da cidade. A atividade também teve o objetivo de repercutir o Relatório Nacional da Violência Trans, divulgado em Brasília, na sexta-feira (28).
“É um gesto singelo, mas uma forma de agradecer quem nós reconhecemos como aliados. Também pelo jornal sempre tratar a pauta com respeito e dignidade,” explica Renata Borges, coordenadora da Parada LGBTI e integrante da Antra.
Para o coordenador do Brasil de Fato Paraná, o jornalista Pedro Carrano, a homenagem reforça o compromisso do jornal em defesa da diversidade e da luta contra o preconceito.
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“Ficamos muito gratos pela confiança que a Parada LGBTI de Apucarana e a Associação Nacional de Travestis e Transexuais deposita em nosso trabalho. A redação do Brasil de Fato Paraná se coloca na linha de frente da luta contra o preconceito, em defesa da diversidade de gênero, na conscientização da sociedade nesse momento em que um governo neofascista não respeita transexuais e travestis”, disse
País que mais mata pessoas trans no mundo
Segundo levantamento realizado pela Antra, 140 pessoas trans brasileiras foram assassinadas em 2021. Ainda de acordo com o relatório divulgado pela associação, em cada 10 homicídios contra pessoas trans no mundo, quatro ocorreram no Brasil. O país aparece como o país que mais registrou assassinatos de pessoas trans no mundo.
"Do total de 4.042 assassinatos no mundo, 1.549 foram no Brasil. Ou seja, sozinho, o país acumula 38,2% de todas as mortes de pessoas trans do mundo”, diz o relatório. Atrás do Brasil no ranking de países que mais matam pessoas trans no planeta, estão México e Estados Unidos da América.
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Em relação a estado ou região, São Paulo teve mais mortes registradas, com 25 casos. O Paraná aparece em oitavo lugar com sete mortes registradas.
No relatório, a associação destaca que "é urgente traçar estratégias de fortalecimento das instituições de luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, a proteção de defensores de direitos humanos, e pela garantia da sobrevivência da comunidade."
Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini