A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro se reuniu na última sexta-feira (7) com o pai do lutador de boxe e muay thai, Vítor Reis de Amorim. O jovem, de 19 anos, foi morto no último dia 29 de dezembro em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, durante uma operação policial.
Também participaram da reunião representantes da Defensoria Pública (DP-RJ), do Ministério Público (MP-RJ) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Rio).
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Durante a reunião, o pai do jovem, Vaneuci Ferreira de Amorim, de 58 anos, falou que teme que a morte do seu filho não seja esclarecida. "Eu quero que todos vejam que o meu filho era inocente e que fique provado que ele nunca foi bandido. Meu medo é que esse seja mais um caso a não ser resolvido, como outros tantos", disse.
A presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro (Psol), salientou que uma das ações do grupo será reforçar a necessidade dessa investigação ser encaminhada à Delegacia de Homicídios da Capital.
“Um dos eixos de encaminhamento da Comissão é garantir que a Polícia Civil produza uma análise isenta e que traga elementos técnicos, que ajudem a elucidar o que, de fato, ocorreu naquela situação. Por isso, entendemos que é muito importante que este processo não fique na 73º Delegacia de Polícia de Neves, em São Gonçalo, e seja levado para a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, que é a mais pertinente ao caso”, esclareceu a deputada.
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A Defensoria Pública do estado, representada pelo ouvidor geral Guilherme Pimentel, comentou sobre a segurança pública no Rio de Janeiro: “O caso do Vitor, infelizmente, revela a continuidade de problemas estruturais na nossa política de segurança”.
Segundo familiares de Vitor, o jovem foi atingido nas costas por policiais militares, depois de correr do bar em que estava com alguns amigos quando ouviu tiros. Ele teria tentado fugir para se proteger antes de ser atingido. A Polícia Civil confirmou, na última terça-feira (4), que o tiro foi disparado por um policial militar.
O Ministério Público tem feito uma investigação paralela à realizada pela Polícia Civil para o caso. “Neste momento, nossa maior preocupação é realizar um atendimento humanizado à família do Vítor”, disse a promotora Patrícia Leite Carvão, durante a reunião.
*Com informações da Alerj.
Edição: Mariana Pitasse