Rio de Janeiro

VIOLÊNCIA

"Pago imposto para ver meu filho morto?", desabafa mãe de criança baleada na Baixada Fluminense

Kevin Lucas, de seis anos, foi atingido por um tiro no peito; mais duas crianças, de 13 e 9 anos, estão internadas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
morte criança
"Ninguém sabe a dor que estou passando", disse Ana Clara Santos, mãe de Kevin Lucas, de seis anos - Reprodução

Uma criança de seis anos morreu na noite da última quinta-feira (6), no município de Queimados, na Baixada Fluminense, após ser atingida por um tiro no peito. Kevin Lucas brincava na casa de uma vizinha, no Morro da Torre, no momento dos disparos. Mais outras duas crianças, de 13 e 9 anos, foram atingidas e estão internadas.

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Moradores da comunidade acusam policiais de efetuarem os disparos. A Polícia Militar contestou a versão e informou que fazia patrulhamento de rotina em uma rua próxima ao morro quando uma viatura foi alvo de tiros. Os policiais afirmam que desceram da viatura e tentaram se esconder.

Na tarde desta sexta-feira (7), a mãe de Kevin, Ana Clara dos Santos, esteve no Instituto Médico Legal (IML), em Nova Iguaçu, para fazer o reconhecimento do corpo do menino. Diante de jornalistas, ela desabafou:

"Presidente, cadê? Eu pago imposto para ver meu filho morto? Ninguém sabe a dor que estou passando. Meu filho era uma criança saudável, esperta, inteligente. Não deixo meu filho largado, na mão de qualquer um. Só quero justiça. Sou trabalhadora como qualquer um", protestou a mãe do menino.

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A deputada estadual Renata Santos (Psol) cobrou do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Ela afirmou que o estado está sem uma política de segurança, que Castro tem apenas uma "política de morte".

"O governo Cláudio Castro deve se responsabilizar. Vamos ficar em cima para que a Lei Ágatha, que impõe prioridade na investigação de assassinatos de crianças, seja cumprida dessa vez", disse a parlamentar, nas redes sociais.

Edição: Eduardo Miranda