EMERGÊNCIA SANITÁRIA

Casos de covid-19 aumentam 71% na semana de ano novo, diz OMS

Nova variante não deve ser considerada "branda", adverte diretor geral do organismo

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Para acabar com a pandemia em 2022, 70% da população de todos os países precisa estar vacinada até meados do ano - Elma Okic/ONU

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ofereceu um novo balanço da pandemia de covid-19, alertando para um aumento de 71% dos casos durante a semana do ano novo.

Entre 27 de dezembro e 2 de janeiro houve um registro de 9,5 milhões de contágios e 41 mil mortes em todo o mundo. Apesar do aumento das infecções, os óbitos diminuíram cerca de 10%, o que pode ser creditado ao aumento da vacinação em todo o planeta. 

O continente americano foi a região mais afetada, duplicando o número de casos positivos em apenas uma semana. A cifra foi puxada pelo descontrole da pandemia nos Estados Unidos, que chegou a registrar uma média de 265 mil casos diários na última semana do ano.

Na Ásia, houve um aumento de 78% dos casos, na Europa de 65%, enquanto na África houve 22% mais infecções no período de ano novo. A nova variante ômicron, identificada em novembro de 2021, já é predominante nos novos casos nos Estados Unidos, Reino Unido e no Brasil.

O diretor geral do organismo, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que o panorama é preocupante e ainda há subnotificação, tanto pelo período de férias, como pela sobrecarga dos sistemas de saúde. 

"Ainda que a ômicron pareça ser menos severa comparada com a delta, especialmente para pessoas vacinadas, isso não significa que ela possa ser categorizada como branda. Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas", afirmou.

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Por fim, Tedros voltou a criticar a concentração de vacinas nos países ricos que iniciaram campanhas de reforço, enquanto outras nações sequer tiveram acesso às primeiras doses. O objetivo da OMS é alcançar 70% da população mundial vacinada ainda no primeiro semestre do ano.

De acordo com a OMS, a covid-19 já infectou 296 milhões de pessoas e causou 5,4 milhões de óbitos desde o início da pandemia.

Edição: Arturo Hartmann