Na tarde desta terça-feira (4), representantes de blocos de rua se reúnem com a Prefeitura do Rio de Janeiro e patrocinadores do Carnaval carioca para decidir sobre o futuro da folia. A liberação ou não da festa vai depender do cenário epidemiológico e a adesão da população carioca à dose de reforço.
Na reunião estão confirmadas a participação de representantes dos blocos do Barbas, Suvaco do Cristo, Carmelitas, Cordão da Bola Preta, Favorita, Fervo da Lud, Orquestra Voadora, Céu na Terra, Simpatia é Quase Amor, Monobloco, além de outras agremiações menores.
Aumento de casos
Segundo o painel covid da prefeitura, houve um aumento no total de casos registrados durante as festas de final de ano. O número de pessoas diagnosticadas com coronavírus na cidade saltou de 21, no dia 14 de dezembro, para 258 em apenas duas semanas. O monitoramento aponta que o número de testes positivos para covid na capital fluminense subiu de 0,7% para 9,6%.
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O secretário de Saúde do Rio Daniel Soranz, em entrevista à TV Globo, afirmou que o carnaval deste ano não será igual aos anteriores e demonstrou preocupação sobre o avanço da variante Ômicron. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade já tem a transmissão comunitária da variante.
"A Ômicron se dissemina muito mais rápido que as demais variantes. Tem um aumento de casos de covid na cidade do Rio e essa variante é muito mais transmissível. A gente precisa ver se esse aumento de transmissão vai se manter ao longo dos próximos dias, se esse aumento de transmissão também vai aumentar internações ou casos graves de covid. Coisa que a gente não está vendo nesse momento. A gente teve muitos dias com zero óbito de covid, somente 30 pessoas internadas nesse período. Então todas essas variáveis com a nova variante vão precisar ser analisadas", disse o secretário.
Vacinação
Cerca de 30% da população adulta da cidade tomou dose de reforço contra a covid, mas Soranz reforçou que a população deve continuar aderindo à campanha. A dose de reforço é destinada para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há 4 meses ou mais.
"Quantas pessoas vacinadas teremos com a dose de reforço? Somos a cidade do país que mais vacinou, que mais tem reforço. Cerca de 30% da nossa população adulta tem dose de reforço. Será que a população vai continuar aderindo à dose de reforço? Os postos de saúde estão vazios neste momento para dose de reforço. Então, a gente precisa chamar a população", disse o secretário.
Edição: Clívia Mesquita